EIA INDICA QUE HAVERÁ REDUÇÃO NA OFERTA DE ALIMENTOS
2001-11-19
O Estudo de Impacto Ambiental (Eia/Rima) detectou que os impactos sobre as comunidades indígenas de alta relevância seriam pressão sobre as terras, redução da oferta de alimentos e interferência nas condições e no modo de vida dos grupos. A preocupação também é demonstrada na obra por ambientalistas, acadêmicos, moradores de cidades da região que se manifestaram em audiências públicas e por meio de documentos contra a construção da hidrovia. -Nós não somos contra o progresso. Mas, tem que se fazer um estudo coerente. O EIA/Rima não tem nada a ver com a realidade local, disse o vice-presidente da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), da seccional de Canabrava do Norte, Luiz César Barbosa. Segundo Barbosa, os canais criados para passagem das barcaças no rio das Mortes e Araguaia vão afetar toda a bacia hidrográfica. -A drenagem das águas vai para o canal principal. A seca, que é de seis meses, vai passar para nove a 10 meses, explicou. Uma das propostas de viabilidade econômica da hidrovia para região é estimular a lavoura de grãos para exportação. -O solo tem acidez. Não tem estrutura para produção de soja, algodão em larga escala, afirmou. De acordo com Barbosa, estudos técnicos comprovam que o lençol freático é poroso, dando condições de uma produção regular dessas espécies por apenas quatro anos. -Temos pensar num desenvolvimento que beneficie as gerações futuras, destacou.