As florestas poderão ver reduzida sua eficácia como reservatório natural de carbono devido à excessiva concentração de ozônio (O3) nas camadas mais baixas da atmosfera por conta da poluição, anuncia a revista "Nature" na edição desta quinta-feira (26).
As árvores absorvem dióxido de carbono (CO2), ajudando a lutar, assim, contra o aquecimento climático por meio de poros microscópicos nas folhas, chamados de estomas. Elas usam esse COº2º para realizar a fotossíntese.
Entretanto, o ozônio causa dano às células das folhas, diminuindo assim seu crescimento e reduzindo o índice de fotossíntese, que influencia na quantidade de CO2 absorvida pelos vegetais, afirma a equipe britânica que realizou o estudo sobre a interação entre o ozônio e o CO2.
Os autores do artigo perceberam ainda que a complexa interação entre o ozônio e o CO2 pode provocar um "aumento da concentração de um ou mais gases que podem levar o estoma a se fechar, limitando assim a absorção". Segundo eles, "os efeitos indiretos do ozônio nas plantas poderiam contribuir no futuro de maneira mais importante no aquecimento climático do que os outros efeitos mais diretos".
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France Presse, 26/07/2007)