Apesar de a Suzano Papel e Celulose ainda não ter decidido onde vai implantar a nova fábrica que quer construir no país, o estado de Pernambuco aparece como um forte candidato. A empresa afirma que já avaliou 20 regiões e reduziu bastante essa lista, mas ainda não decidiu qual local receberá a fábrica. Seus diretores afirmam que isso deve ocorrer ainda neste ano.
A nova planta, que terá capacidade para produzir 1,25 milhão de toneladas de celulose por ano, deve custar o equivalente gasto na unidade de Mucuri (BA) da empresa, que deve ser inaugurada neste ano. Neste empreendimento, o investimento foi de US$ 1,3 bilhão, segundo o diretor financeiro da Suzano, Bernardo Szpigel.
O presidente do conselho de administração da empresa, David Feffer, esteve recentemente em Pernambuco. Mas, segundo o presidente da Suzano Papel e Celulose, Antonio Maciel Neto, para tratar de assuntos relacionados a outra empresa do grupo.
Mas Pernambuco tem um grande projeto florestal, que pode beneficiar os interesses da Suzano, disse Maciel. Segundo ele, o governo local quer incentivar projetos de reflorestamento certificado e sustentável, como o realizado pela empresa.
Uma vez escolhido o local, que segundo o presidente depende de diversos fatores técnicos como acesso a portos, proximidade com áreas com boa produtividade, recursos hídricos e bom regime de chuvas, a fábrica só deve começar a produzir em entre seis e sete anos.
Maciel explica que não há, hoje no país, uma área plantada de tamanho suficiente para suprir a demanda que representa uma fábrica do tamanho da que a Suzano planeja construir e que possa ser adquirida pelo grupo. Ainda assim, ele não descartou a possibilidade de comprar uma área com alguma coisa plantada, que teria de ser estendida, mas serviria para acelerar o processo de entrada em operação da fábrica.
(Por José Sergio Osse,
Valor Online, 26/07/2007)