Os biocombustíveis começam a ganhar o apoio da opinião pública européia, que até poucos anos sequer conhecia a possibilidade de ter seus carros movidos a etanol. Sondagem feita nos 27 países da União Européia (UE) mostra que, de cada três europeus, um quer os fabricantes de veículos sendo obrigados a implementar motores adequados aos biocombustíveis. Mais de um terço dos entrevistados ainda defende incentivos fiscais para que o etanol seja barateado e, assim, difundido no bloco.
A Comissão Européia estipulou o objetivo de ter 5,75% de seus carros movidos a biocombustível até 2010 e 10% até 2020. Alguns países já vêm adotando políticas para o setor, como a França que pretende contar com 500 postos que ofereçam etanol aos consumidores. Na Suécia, o país tem a maior frota de carros movidos a biocombustível da região e prega o fim das barreiras de importação para baratear o combustível. Na Suíça, caminhões de lixo e outros veículos do governo estão sendo adaptados para usar etanol.
O problema é que se o atual ritmo de implementação do etanol no mercado europeu continuar como está, o bloco não conseguirá atingir as metas estipulados. Além do uso obrigatório de motores, outra opção que ganha adeptos é a de dar incentivos para que o etanol, ainda caro, seja mais barato para o consumidor. Segundo a sondagem, 36% das pessoas entrevistadas acreditam que isso seria o maior incentivo que os biocombustíveis poderiam ter na Europa.
Os cidadãos mais conscientes da importância no etanol seriam os finlandeses. 54% deles acham que a redução do preço do biocombustível por meio de incentivos fiscais é o que irá dar um impulso ao etanol na Europa. Já os espanhóis são os mais pessimistas em relação a essa idéia. Apenas 20% defendem isso. Para portugueses, ingleses, alemães e italianos, a obrigação das montadoras de produzir motores que aceitem o etanol é a opção mais defendida para que o etanol passe a ser usado. As taxas de apoio a essa medida chegam a 43% em Portugal e 40% no Reino Unido.
(
Agencia Estado, 26/07/2007)