O governo uruguaio reiterou que a fábrica de celulose que é construída pela finlandesa Botnia em Fray Bentos, a 309 quilômetros ao noroeste de Montevidéu, não contaminará o meio ambiente. O presidente uruguaio colocou em seu site um informe realizado pelo Instituto Norueguês de Estudos do Meio Ambiente em 2005 no qual são analisadas as características e o perfil da Botnia e de indústrias semelhantes no mundo.
Em suas conclusões, o estudo afirma que a "Finlândia lidera o desenvolvimento de uma nova tecnologia sobre a polpa da celulose" e que "as fábricas da Botnia são modernas e são um forte ponto nos níveis de emissão". Indica que "para que a Botnia possa descarregar efluentes no Rio Uruguai deve conter o mesmo nível de exigência que tem na Finlândia".
O documento dá ainda uma série de recomendações sobre os pontos que o governo devia pedir a Botnia para aceitar sua instalação em Fray Bentos, já que o Rio Uruguai é uma fronteira natural com a Argentina. O presidente Tabaré Vázquez havia feito referência a esse informe para enfatizar que a Botnia não contaminará o meio ambiente, ao referir-se a este tema durante a Cúpula Ibero-americana de Chefes de Estado e de Governo realizada em novembro de 2006 em Montevidéu.
Os governos da Argentina e Uruguai mantêm há dois anos um dos maiores conflitos diplomáticos de sua história pela construção da fábrica, já que as autoridades de Buenos Aires afirmam que contaminará a região e causará doenças aos habitantes.
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ANSA, 26/07/2007)