O leilão de energia nova para oferta às distribuidoras a partir de 2010, realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), resultou na contratação de 1.304 megawatts médios de energia. A energia negociada representa o atendimento a 101,8% da demanda das distribuidoras. O preço médio no leilão atingiu R$ 134,67 por megawatt-hora, totalizando volume financeiro de R$ 23,09 bilhões.
Um total de 12 termelétricas movidas a óleo combustível vendeu energia durante a operação. Os contratos de comercialização, com prazo de 15 anos de duração, serão assinados com as 36 distribuidoras que participaram da operação. As informações são da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
Em nota divulgada à imprensa, o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, avaliou como “amplamente positivo” o resultado do leilão, uma vez que mais de 100% da demanda apresentada foi atendida. Tolmasquim informou que no total contratado estava incluído o volume da usina termelétrica de Jacuí (RS), no montante de 254 megawatts médios, contratado em 2005.
“Se somarmos essa contratação de agora com o volume negociado no Leilão de Energia de Fontes Renováveis Alternativas, realizado em junho último, foram contratados 2.420 MW de novas usinas para 2010. Com isso, o risco de déficit ficará dentro do limite de 5%, patamar considerado aceitável pelo setor”, afirmou o presidente da EPE.
Tolmasquim esclareceu que o preço médio final ficou abaixo do limite fixado pelo governo de R$ 140,00 por megawatt-hora devido à competição observada no processo de venda da energia. Outros fatores que, segundo ele, influenciaram a queda da tarifa média foram os incentivos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a construção de usinas geradoras de energia, e as novas condições de financiamento oferecidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ao setor elétrico.
(Por Alana Gandra, Agência Brasil, 26/07/2007)