As obras de construção da estrutura de destinação final dos lodos resultantes da limpeza dos decantadores da Estação de Tratamento de Águas (ETA) da Companhia Rio-grandense de Saneamento (Corsan) em Rio Grande estão praticamente prontas. O reservatório de circulação está concluído e o primeiro dos dois leitos de secagem do material lodoso (resíduos) resultante da limpeza dos decantadores da ETA também. O segundo leito de secagem ficaria pronto entre a tarde de ontem e hoje. Conforme informações do superintendente regional da Companhia, engenheiro Eduardo Guimarães, a estrutura inclusive já está operando em fase de testes.
O reservatório de circulação, de 29 metros de diâmetro por cinco de profundidade e capacidade útil para 2.000 metros cúbicos, já está recebendo água da lavagem de tanques da ETA, situada às margens da RS 734, material que, por ser água pura, depois retorna à estação. Já os leitos de secagem até agora não receberam nenhum descarte de lodo porque ainda não houve limpeza de decantadores da ETA, o que é feito uma vez por mês. A estrutura deve entrar em operação normal em breve.
Guimarães afirma que a partir de agosto não haverá mais nenhum descarte de lodo da Estação de Tratamento de Águas na área da Lagoa Verde, pois o novo sistema de destinação final do material lodoso já estará em funcionamento. A estrutura para destinação final dos lodos da ETA, feita em um terreno em frente à Estação, tem como finalidade resolver o problema ambiental que era causado pelos transbordamentos da bacia de decantação antiga. Efluentes líquidos com sulfato de alumínio eram descartados nas áreas de preservação do entorno da Lagoa Verde, onde há marismas e banhados de água doce.
O reservatório receberá o material lodoso da ETA e depois o passará para um dos leitos de secagem, por bombeamento. Após a secagem, a água restante retorna ao reservatório e deste é reenviada para a ETA como água bruta, para tratamento. O lodo desidratado, que fica no leito de secagem, será raspado e poderá ser descartado na área da Estação de Tratamento, ao longo do canal, pois não oferece risco ao meio ambiente, mas a Corsan está buscando uma destinação mais nobre para esse material. A área da estrutura, posteriormente, ainda será cercada por um muro. O projeto para execução do cercamento já foi encaminhado para licitação.
(Por Carmem Ziebell,
Jornal Agora, 26/07/2007)