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2007-07-26
A necessidade de ações de combate à proliferação de roedores pautou manifestações de diversos vereadores na última sessão do Legislativo em Lajeado (RS). Não faltaram críticas à Secretaria Municipal do Meio Ambiente, da qual se cobra mais atenção aos pedidos encaminhados pelo Legislativo. "Se ocorrer mais um caso de leptospirose no município tem que levar na Secretaria do Meio Ambiente, que sabe do problema e não faz nada", reclama Antônio Altair Dossena (PP).

Segundo ele, o problema dos ratos é sério, está sendo denunciado há mais de meio ano e nada foi feito. Na ocasião Dossena voltou a apresentar requerimento solicitando que a prefeitura tome providências em relação aos bairros Praia e São José, tendo em vista que na última enchente havia muitos ratos pelas ruas. O progressista se queixou também que a titular da pasta não atende os vereadores.

Lorival Silveira (PP) engrossou o coro de reclamações. "Só não enxerga esse problema quem não quer. É dever do Meio Ambiente. Deveriam dar ao combate às ratazanas 20% da atenção que dão às sacolas de pano", assinala. Eloede Conzatti (PT) afirmou que falta diplomacia à titular da Sema para atender os vereadores. Reforçou as colocações dos progressistas em relação ao combate aos roedores e mencionou outras questões que, segundo ela, precisam de maior atenção, como os animais de rua e a instalação do centro de zoonoses. "Se continuar assim vai faltar sacola de pano para colocar os ratos e os cães", ironiza.

Delmar Portz (PSDB) lembrou que no mês de abril já havia pedido providências à Secretaria do Meio Ambiente. Conforme o tucano, por não ter ocorrido ações efetivas, considera justas as críticas apresentadas pelos vereadores.

Prefeitura
A prefeitura de Lajeado presta serviço permanente de controle de focos de roedores no município, com ênfase especial nos bairros mais carentes, como no Morro 25, Santo Antônio, Nações, Conservas e na região da Praia e São José - no Centro. "Nós temos o mapeamento dos pontos críticos e, a cada 15 dias, a nossa equipe aplica o veneno recomendado nesses locais", informou ontem a secretária de Meio Ambiente (Sema), Simone Schneider, esclarecendo a comunidade sobre informações falsas sobre o tema, manifestadas terça-feira em emissora de rádio por vereadores do município. "Além disso, a cada oito dias, o grupo de Controle de Zoonoses e Vetores volta aos mesmos locais para conferir a eficácia, e também atendemos 100% dos pedidos que são encaminhados à Sema para fazer a desratificação, que somaram 148 solicitações", revela Simone, salientando que para relizar esse trabalho, só em 2007 já foram comprados e aplicados cem quilos do veneno.

Em mais uma atividade de rotina desse controle, ocorrida ontem, o morador da Rua da Divisa, no Morro 25, testemunhou a permanente prestação desse serviço pelo município e seu resultado positivo. "Nossa região nunca teve muitos ratos, e desde que a prefeitura começou a aplicar o veneno, nunca mais vi nenhum deles por aqui, ao contrário do que disseram alguns vereadores na imprensa", falou Adelino Paulus (56). A titular da Sema citou que além da rotina de aplicações e controle, tanto nos quatro bairros mais carentes e propícios à proliferação desses roedores quanto no atendimento das solicitações individuais de moradores, onde a equipe aplica o produto nas propriedades, também é feita verificação nos imóveis vizinhos para averiguar possível existência de focos.

"É importante que a comunidade colabore, mantendo seus pátios e propriedades livres de lixo e entulhos, e em caso de verificar a ocorrência de ratos, devem procurar a sede da Sema, pelo 3982-1100 ou 3982-1104 para solicitar providências", pede a secretária, informando que as comunidades carentes têm prioridade no chamado. "O próprio morador pode adquirir o veneno recomendado em qualquer agropecuária do município e efetuar o controle de roedores em sua propriedade", informa Simone.

Não há leptospirose
Exame realizado no Laboratório do Estado (Lacem) atesta que não houve morte este ano de morador lajeadense por leptospirose - doença transmitida por ratos. A chefe do setor de Epidemiologia da Secretaria da Saúde de Lajeado, Sandra Matte, informa que os registros da Sesa dão conta que, entre 2005 e 2006, foi registrado apenas um caso de morador que apresentou quadro de leptospirose, e que teve a doença curada por meio de cuidados específicos. "O tratamento é simples, mas é importante que, ao sentir os sintomas típicos, na fase inicial, a pessoa procure o posto de saúde mais próximo de sua casa, pois quando a doença entra numa segunda fase, agrava-se o quadro. Os sinais são fraqueza, cansaço, sensação de gripe, dor de cabeça, febre, dores musculares - principalmente na barriga da perna (panturrilha), icterícia (amarelão - inclusive nos olhos), vômitos e alteração na cor e na quantidade de urina.

(O Informativo do Vale, 26/07/2007)
 

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