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2007-07-26
O maior projeto de assentamento rural da América Latina, o distrito União do Norte, em Mato Grosso, enfrenta uma situação caótica.  Localizado às margens da rodovia MT-322, antiga BR-080, o assentamento está localizado a cerca de 75 quilômetros da sede do município de Peixoto de Azevedo.  Apesar de próximo de uma cidade importante no Estado, tudo parece definhar.  Com a chegada do período de estiagem as águas dos rios baixam demasiadamente, os córregos e poços nesta época secam de tal forma que obriga as famílias a deixarem à comunidade.  O prefeito de Peixoto de Azevedo, Hermenegildo Bianchi Filho, já admite decretar nos próximos dias ‘Situação de Emergência’.

A medida poderá ser tomada com o objetivo de fazer com que equipes de técnicos da Defesa Civil estadual e federal venham ao município para constatar ‘in loco’ a veracidade dos fatos, e principalmente que o Governo Federal através da Fundação Nacional de Saúde ou do Ministério das Cidades se sensibilize e viabilize recursos para a solução deste caótico problema que tem causado grandes transtornos para o desenvolvimento do distrito e também do assentamento.

O problema é tão grave que está comprometendo o desenvolvimento do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil que atende cerca de 100 crianças.  Segundo a coordenadora do PETI, Rosimar Juliane Ferreira, o poço que abastece o barracão onde foi implantado o programa social secou e a falta de água já prejudica a higienização do ambiente e até mesmo o preparo da merenda.

Outra situação critica diz respeito à horta comunitária da Escola Municipal Vida e Esperança, projeto modelo que tem incentivado os alunos a cultivarem hortaliças e contribuído sobremaneira para o incremento da merenda escolar.  Para dar continuidade a essa atividade de iniciação agrícola, o estabelecimento de ensino que conta com mais de 850 alunos têm solicitado o caminhão pipa da prefeitura municipal para abastecer os reservatórios, pois o nível da água do poço não supre as necessidades da horta e da estrutura física da unidade escolar.

Na Escola Estadual Leonísio Lemos Melo, a maior escola de União do Norte, construída pelo Governo do Estado e entregue recentemente a comunidade, até a dispensa de alunos em pleno horário de aula já foi registrada em virtude da falta de água para os serviços corriqueiros e até mesmo para o consumo da comunidade escolar.  A diretora da escola, Joicimara Rosseti, disse que para garantir a limpeza do enorme prédio, só mesmo com a ajuda do único caminhão pipa disponível, que capta água de um riacho e enche a cisterna existente, mas a água que não é tratada, em absoluto não serve para o consumo humano.

Outro prédio público que esta com sérias dificuldades devido à falta de água é o Núcleo de Polícia Militar.  Depois de tentar a perfuração de 8 poços semi-artesianos para ter acesso a esse líquido tão preciso foi preciso canalizar água de um poço residencial localizado a mais de 400 metros de distancia que ainda resiste a esse período de intensa seca.  Para o Comandante PM, Sg.  Fadel, a utilização desta água é praticamente a conta gotas.

A comunidade católica vivencia o mesmo problema, o poço de 8 metros de profundidade secou, a bomba de água foi guardada, a caixa de água e o sistema de canalização estão inutilizados.  Para limpeza da igreja e da casa paroquial só quando o caminhão pipa abastece o reservatório, disse o presidente da comunidade Bruno Altimaier.

Já nos postos de saúde, o problema é mais complexo, além da falta de água para os procedimentos, o agravante está relacionado aos problemas respiratórios causados pela poeira e baixa umidade do ar, doenças de pele (feridas), diarréia e verminose em virtude do consumo e a utilização da água de uma grota que está localizada na entrada da cidade.  A enfermeira Lílian Terezinha enfatizou que o fluxo de pacientes tem aumentado significativamente nos dois postos de saúde de União do Norte em virtude desses inevitáveis fenômenos da natureza.

Comerciantes são unânimes e enfáticos em dizer que o projeto de captação e tratamento de água deve ser encarado como prioridade absoluta pelas esferas de Governo.  “Felizes daqueles que podem pagar até R$ 400 reais para perfurar um poço de 18 a 20 metros de profundidade, pois somente ao romper a laje subterrânea é que se encontra água, e a maioria dos moradores são de baixo poder aquisitivo” - disse Feijó Fernandes um dos pioneiros e fundadores do distrito União do Norte.

(24 Horas News, 25/07/2007)



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