Os projetos para construção de usinas termelétricas no Brasil, onde se enquadra o empreendimento CTSul, que a Celetro é sócia, estarão cada vez mais presentes na matriz energética brasileira futuramente. No leilão de compra de energia que será promovido amanhã pelo Governo Federal estarão disputando preços 33 projetos, 30 termelétricas (calor transformado em energia) e apenas três usinas hidrelétricas (força da água convertido em energia).
O empresário Douglas Carstens, presidente do projeto CTSul, destaca que o crescimento das termelétricas é um fenômeno natural, já que o Brasil precisa de energia para comportar seu desenvolvimento e as exigências ambientais para as hidrelétricas estão cada vez maiores. “A diversificação da matriz energética é um procedimento inteligente”, argumenta Carstens, lembrando que o Brasil não pode ficar refém do clima.
QUEIMA Hoje, mais de 90% da energia consumida pelos brasileiros é gerada pelas hidrelétricas, usinas que param nas épocas de seca”, lembra o empresário. Entre as 30 termelétricas que estão habilitadas para o leilão, nenhuma tem o carvão como combustível. Das 30, quatro serão impulsionadas com gás natural, cinco usarão bagaço de cana e 21 têm óleo diesel como fonte de energia. Não há projetos do Rio Grande do Sul entre os 33 habilitados para disputar o leilão de energia que acontece amanhã.
ImportanteSegundo Douglas Carstens, a utilização do carvão, como está previsto no projeto da CTSul, poderá ser o grande diferencial nos planos de diversificação da matriz energética. “O mundo não vai deixar o Brasil construir tantas usinas nucleares quanto precisa. Os projetos que usam cavacos de lenha, bagaço de cana, energia eólica e óleo combustível têm custo muito elevado. Com as novas tecnologias, a energia gerada pela queima do carvão pode ser considerada limpa. Antigamente, para gerar um megawatt de energia, uma termelétrica precisava queimar cerca de 1,5 mil quilos de carvão. Atualmente, a mesma quantidade de energia pode ser gerada com 690 quilos de carvão”, argumenta Carstens.
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Jornal do Povo, 25/07/2007)