Aracruz está contestando processo que reconhece território quilombola, diz diretor jurídico
regularização fundiária
aracruz/vcp/fibria
2007-07-25
Uma área florestal da Aracruz Celulose na localidade de Linharinho, no município de Conceição da Barra, norte do Espírito Santo, foi invadida na manhã de segunda-feira (23/07) por aproximadamente 250 pessoas ligadas ao movimento das comunidades quilombolas, com apoio do MST. Eles derrubaram árvores de eucalipto de aproximadamente quatro anos de idade, bloqueando a passagem dos empregados da Aracruz para o interior da área.
Os manifestantes, após se reunirem em frente à escola do Linharinho, deslocaram-se em grupos pela estrada que liga Itaúnas a Conceição da Barra em direção à propriedade da Aracruz, onde iniciaram o corte de eucalipto utilizando moto-serras e machados. Na propriedade existem plantios de eucalipto para produção de celulose e áreas de reserva legal e preservação permanente.
Segundo informou o diretor jurídico da Aracruz, José Luiz Braga, a empresa está contestando administrativamente todo o processo que reconhece o território quilombola, inclusive a portaria que reconhece 9.542,57 hectares como território quilombola na região de Linharinho. "A área invadida é de propriedade da empresa e vamos buscar na Justiça a garantia de nossos direitos", disse Braga.
O diretor jurídico da Aracruz lembrou que o processo em que se baseia a reivindicação das comunidades quilombolas tem como base o decreto 4.887/03, que está tendo sua constitucionalidade argüida por diversas entidades no Supremo Tribunal Federal.
(Maki Comunicação, texto recebido por E-mail, 24/07/2007)