Agricultores mantêm a tentativa de evitar a publicação da portaria do Ministério da Agricultura que elimina 68 municípios do zoneamento para o plantio da soja no Rio Grande do Sul, entre os quais Sant’ Ana do Livramento, Rosário do Sul, Alegrete, Quaraí, Dom Pedrito e todos os demais da Fronteira Oeste e Campanha. Sem a recomendação, os agricultores não podem contratar o seguro para as lavouras (Proagro), o que dificulta o acesso ao crédito ofertado pelo governo.
Caso publicada, a medida atingiria, principalmente, áreas localizadas na região Sul, Campanha, Fronteira-Oeste e Missões. Carlos Sperotto, presidente da Farsul afirma que isso representa até 1 milhão de hectares, ou seja 25% da produção do grão em âmbito estadual. A exclusão deve-se a diversos fatores, como perdas com a estiagem e constituição do solo. A Farsul solicitou ao Mapa uma reunião para debater a questão. Entretanto, ainda não obteve retorno. A meta é trazer técnicos do ministério para Porto Alegre para que analisem o tema com estudiosos de universidades. "Não aceitamos essas limitações", diz.
Rosário do Sul, um dos municípios produtores, sediará uma reunião no próximo 31 de julho, quando o tema estará sendo discutido. Estão sendo aguardadas as presenças de representantes do Ministério da Agricultura, Famurs, instituições bancárias e de sindicatos rurais. O evento irá esclarecer aos sojicultores sobre a importância e a necessidade do zoneamento. As restrições impediriam o plantio de 25 mil hectares com a oleaginosa na região.
(
A Platéia, 25/07/2007)