O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deverá anunciar oficialmente nas próximas horas os resultados da operação de levantamento sobre a exploração ilegal de madeira no Vale do Juruá por parte de madeireiros peruanos.
As áreas devastadas são aquelas localizadas na fronteira com o Peru, especificamente, na região da localidade Foz do Breu, no Alto Rio Juruá.
Segundo o superintendente do Ibama-Acre, Anselmo Forneck, a operação que iniciou na terça-feira da semana passada, em combate à exploração ilegal de madeira de lei na fronteira, ainda não tem informações precisas sobre o tamanho da área devastada ou de empresas que estão trabalhando no local, como também a quantidade de madeira apreendida e de pessoas que foram presas.
A expectativa, de acordo com o superintendente, é que nas próximas horas, possivelmente nesta terça-feira, os dados sejam informados às autoridades competentes para que seja formulado um laudo técnico para ser apresentado aos dirigentes do Ibama em Brasília. A única informação, até ontem, é que foram encontrados materiais de desmate de alta capacidade já nos primeiros dias da operação.
"Trata-se de mais uma operação conjunta coordenada pelo Ibama com a participação do Exercito, da Polícia Federal, do Comando de Operações Tática da Polícia Militar com o apoio de três aeronaves que fizeram deslocamento de equipamentos, materiais e de pessoal até a localidade Foz do Breu e cooperação de dois helicópteros", disse o superintendente do Ibama, Anselmo Forneck.
Segundo o superintendente, o pessoal de apoio começou a ser distribuído na selva a partir de terça-feira, à tarde, e que, na quinta-feira, o Ibama deixou a última equipe em umas clareiras que faltavam ainda a ser ocupadas.
"Cada equipe tem algo em torno de 10 a 15 quilômetros a percorrer dentro da floresta, a partir do local onde aconteceu o lançamento até onde se encontram os acampamentos onde estão localizados os peruanos", disse o superintendente.
O Ibama, de acordo com o superintendente, vai manter o processo de monitoramento aéreo que vem fazendo a cada mês e meio ou dois meses.
"Porém, nesse interino, se o órgão receber alguma informação fornecida pelos indígenas ou por algum extrativista sobre a presença de peruanos na região, nós anteciparemos a operação", concluiu o superintendente do Ibama, Anselmo Forneck.
(
A Tribuna, 24/07/2007)