O Diagnóstico Social e Esportivo de 53 Favelas Cariocas lançado nesta terça-feira (24/07) pelo Observatório de Favelas em parceria com o Ministério do Esporte mostra que quando o tema é acesso à água canalizada e coleta de lixo as comunidades estão bem a atendidas. Faltaria ampliar a rede de esgoto ou fossas sépticas para concluir o saneamento básico adequado.
O diagnóstico avalia que cerca de 50% das favelas apresentam um percentual de abastecimento de água maior do que o verificado no bairro onde se localiza. Há desde situações como a da Comunidade São Francisco de Assis que tem mais de 90% dos domicílios abastecidos com água até o caso da favela Bairro de Santo André onde esse percentual é de apenas 26,7%. Ambas estão localizadas na zona oeste do Rio de Janeiro. A coleta de lixo tem percentuais semelhantes aos demais bairros.
Já a rede de esgoto atende a pouco mais de metade dos domicílios presentes nas 53 favelas pesquisadas. “Situação que se mostra ainda mais agravante quando se leva em consideração que a maioria dessas favelas vem experimentando, no decorrer das últimas décadas, crescimento horizontal e vertical que comprometem a rede de esgotos implementada para menores adensamentos populacionais”, avalia o documento.
Uma vez conhecidos os dados, o coordenador do Observatório de Favelas, Edson Diniz, afirma que um novo desafio se apresenta. “O desafio agora é como podemos daqui pra frente transformar os indicadores apresentados”. O diagnóstico faz parte do Projeto Legado Social dos 15º Jogos Pan-Americanos 2007 que pretende abrir a discussão sobre o desenvolvimento social das favelas cariocas.
(Por Yara Aquino,
Agência Brasil, 24/07/2007)