O último seringal nativo de Rondônia, na Fazenda Seringal do Ouro, pode se transformar em alternativa turística no município de Pimenta Bueno, a 500 quilômetros de Porto Velho. A área está entre as atrações levantadas pelo Serviço Geológico Brasileiro-CPRM para futura exploração do ecoturismo na região.
O extrativismo vegetal, particularmente da borracha, teve a sua fase áurea em Rondônia nas décadas de 40 e 50, com o funcionamento dos seringais nativos e a fixação de migrantes nordestinos, os conhecidos ‘soldados da borracha’. Eles se embrenharam na mata em busca de uma produção crescente de látex, necessária aos mercados consumidores nacional e internacional.
Em Pimenta Bueno ainda estão preservados alguns seringais com produção quase artesanal de borracha. O seringal da Fazenda Seringal do Ouro fica nas cabeceiras do Igarapé Tupã, um dos formadores do Igarapé Melgacinho. Dista 5 km da BR-364 e daí, 21 km para sul em direção à Vila Guaporé.
BalneáriosO Balneário Arumã é uma área situada nas cabeceiras de um pequeno igarapé, cujas águas livres de poluentes, são represadas semanalmente para constituir um lago utilizado pela população, notadamente em finais de semana. A área ocupada pelo lago é de 2 mil m2 e possui uma infra-estrutura básica para o atendimento de seus freqüentadores, com bosque, boxes individuais com churrasqueiras, área de estacionamento e serviços de bar e restaurante, a 3 Km da cidade, no Setor de Chácaras e Sítios, a montante do Laticínio Mirella.
O Balneário Lago do Sonho é outra opção, na RO-010, a 20 Km da cidade. Possui um lago artificial com mais de 3 mil m2 de área, formado pelo represamento permanente de um igarapé. Mantém-se trechos de vegetação nativa em suas margens. Funcionam serviços de bar e restaurante e algumas quadras poliesportivas cobertas por areia. Estão previstas novas obras para o lazer os usuários.
IntactoA área é um antigo seringal, preservado parcialmente e que mantém intactas a infra-estrutura necessária para a produção de borracha. É uma oportunidade única de se apreciar todas as fases, desde a coleta do látex em seringueiras localizadas em trilhas aos processos de beneficiamento do produto, tanto pela defumação praticamente abandonada como pela prensagem, passando ainda pelo equipamento usado para o trabalho diário, as colocações dos seringueiros, e a própria sede do seringal.
Trata-se de uma experiência inovadora em termos de turismo, caracterizando uma atividade inserida profundamente no contexto cultural de Rondônia, opinam os pesquisadores do SGB. Na Reserva Extrativista Chico Mendes, no Estado do Acre, colocou-se à disposição de turistas uma área de extração de látex na qual se pode observar todo o processo de forma contínua, apoiado por uma estrutura física dehospedagem adequada ao local.
(
Portal Amazônia, 23/07/2007)