As atividades de utilização e ocupação do solo dos corredores ecológicos do Espírito Santo serão mapeadas. Ao todo, serão gastos R$ 54 mil em um estudo deverá durar 10 meses. Os novos dados deverão subsidiar o monitoramento das atividades antrópicas que influem na fragmentação e diminuição dos fragmentos florestais do Estado.
Ao todo, serão levantados dados sobre as atividades agrícolas envolvendo culturas temporárias e permanentes desenvolvidas na região; o número de áreas degradadas; o número de fragmentos florestais; o número de Unidades de Conservação (UC); dados sobre o sistema viário e sobre aglomerados urbanos do entorno.
Desta forma, será possível monitorar as atividades antrópicas que influem na fragmentação e diminuição dos fragmentos florestais do Espírito Santo. Além disso, será possível também uma análise da paisagem, a integração de dados, entre outros, que possibilitem a obtenção de cenários favoráveis ao estabelecimento da conectividade e conservação, auxiliando nas ações de planejamento e gestão dos corredores prioritários.
O Estado possui dez corredores ecológicos regionais. São eles: Guanandy; Burarama-Pacotuba-Cafundó; Caparaó; Saíra Apunhalada; Alto Misterioso-Serra do Palmital; Duas Bocas-Mestre Álvaro; Centro-norte Serrano; Sooretama-Goitacazes-Comboios; Pedra do Elefante e Córrego do Veado.
Estes corredores são definidos como grandes áreas florestais biologicamente prioritárias e viáveis para a conservação da diversidade biológica, composto por conjuntos de Unidades de Conservação, áreas indígenas, entre outros.
Os corredores ecológicos são áreas planejadas com o objetivo de reconectar remanescentes florestais e proporcionar o livre trânsito de animais e sementes de espécies vegetais. Desta forma, é possível aumentar a cobertura vegetal e garantir a conservação dos recursos naturais e da biodiversidade.
Neste contexto, os corredores podem unir unidades de conservação públicas, reservas particulares, áreas de preservação permanente, reservas legais, ou quaisquer outras áreas naturais.
O projeto Corredores Ecológicos, realizado no Estado, faz parte do projeto Corredor Central da Mata Atlântica que engloba 12 milhões de hectares que cobrem as regiões da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais.
Está inserido no bioma Mata Atlântica a floresta ombrófila densa e ecossistemas associados.
(Por Flávia Bernardes,
Século Diário, 24/07/2007)