O whale watching, como é conhecido o turismo de observação de baleias, vem funcionando como uma importante ferramenta de preservação, sendo desenvolvida em diversos países. Na Bahia, o Instituto Baleia Jubarte monitora essa atividade junto às operadoras de turismo que realizam a atividade, cumprindo as normas criadas pelo Ibama para este tipo de turismo (Portaria 117, de 26/12/1996, alterada pela portaria 24, de 08/02/2002), que prevê entre outras coisas que os navegantes devem manter os motores dos barcos em neutro ao se aproximarem das baleias, garantindo que os animais não sejam molestados ou feridos e proporcionando aos visitantes a experiência de vê-las em seu ambiente natural. A atividade vem sendo desenvolvida em Caravelas, Itacaré, Praia do Forte e este ano será ampliada para a região de Morro de São Paulo.
Além de despertar a conscientização ecológica, a iniciativa gera renda por meio da rede de hotéis, restaurantes, lojas e pontos de venda de artesanato. “Em 2006 foram realizados 126 embarques pelas três empresas que ofereceram o passeio na Praia do Forte e 3.207 turistas participaram da atividade”, revela o coordenador de Educação Ambiental do Instituto, o biólogo Sérgio Cipolotti. Na Praia do Forte, o passeio pode ser realizado de barco ou de avião e é oferecido diariamente. Segundo o biólogo, “apesar do número de turistas brasileiros vir aumentando a cada temporada, o grande número de pessoas que realizam o passeio ainda é de estrangeiros, cerca de 65%” .
Antes do embarque o turista assiste a uma palestra proferida pela equipe do IBJ no Anfiteatro do seu Centro de Visitação, onde recebem instruções de como se portar durante o cruzeiro. Além das baleias jubarte, é possível observar também outras espécies marinhas, como golfinhos e tartarugas. De acordo com o coordenador da Educação Ambiental da base de Caravelas, o biólogo Lucian Interaminense, foram realizados em Caravelas 15 embarques e 72 turistas já participaram do passeio. No total, foram avistadas 95 baleias e 19 filhotes.
Centropea
Inaugurado em Agosto de 2006, o Centro de Pesquisa e Educação Ambiental do Instituto Baleia Jubarte (Centropea) é mais uma opção para quem tem a Praia do Forte como destino turístico. Lá, os turistas podem assistir a vídeos sobre as baleias jubarte e participar das palestras realizadas diariamente pela equipe do IBJ e convidados. O Centropea funciona de terça a sábado, das 10 às 21 horas e aos domingos das 13 às 17 horas, não abrindo às segundas-feiras. Os ingressos custam R$ 4,00 (quatro reais) e toda a renda arrecadada com a sua venda é diretamente revertida para a conservação e pesquisa desses animais.
No espaço, é possível visitar uma loja onde são comercializados souvenirs, além da praça de alimentação, revelando uma infra-estrutura que disponibiliza lazer, informação e consciência ambiental. O espaço é também o ponto de partida dos cruzeiros de whalewhatching, o turismo de observação de baleias. O coordenador regional do IBJ no Litoral Norte, Enrico Marcovaldi, enfatiza que "o Centro de Visitantes sintetiza muitos interesses de um projeto de conservação por ser um espaço adequado para transmissão da informação e educação ambiental à comunidade local e aos visitantes, e por divulgar a Instituição, seus patrocinadores e apoiadores, além de gerar empregos e arrecadar recursos”.
(Por Tatiana Leal, Projeto Baleia Jubarte, Ascom Ibama/BA, 23/07/2007)