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biocombustíveis
2007-07-24
Representantes da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação buscam alternativas energéticas para o mundo

Bioenergia, fontes alternativas e sustentabilidade são assuntos freqüentes no mundo inteiro, principalmente agora, quando o planeta se empenha em amenizar os problemas acumulados em mais de dois séculos de uso irrestrito de combustíveis caros e não-renováveis. Em busca de solução imediata para o aquecimento global, o representante no Brasil da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), José Tubino, reuniu-se na tarde de 16 de julho com o reitor da Universidade de Brasília (UnB), Timothy Mulholland. O encontro, no gabinete do reitor, resultou em parceria entre as duas instituições, que deve ser oficializada nos próximos meses.

Tubino explica que o interesse da ONU na UnB diz respeito à Usina de Craqueamento de Óleos Vegetais desenvolvida pela instituição. Por ser uma fonte alternativa e barata de produção de biocombustíveis, a unidade situada em frente à Faculdade de Medicina da UnB pode ser um modelo futuro para abastecer a agricultura familiar. “Uma planta de escala menor e não industrial é muito importante para a implantação de projetos como o da UnB em outras partes do mundo, especialmente em comunidades menores, isoladas. A usina da universidade também chama a atenção porque mantém relação positiva entre produção de energia e segurança alimentar (por usar rejeitos de matéria orgânica)”, explica o representante da ONU.

O diretor da FAO, Jacques Diouf, também visitou a Planta de Craqueamento da UnB, no dia 9 de julho. De acordo com Tubino, a impressão de Diouf não poderia ser melhor. “A FAO está realmente interessada em firmar uma parceria com a universidade. Acreditamos que essa será uma oportunidade de ação conjunta, estudos e atividades para um futuro imediato”, reitera o representante da ONU.

Para o reitor da UnB, Timothy Mulholland, a parceria seria uma forma de expandir os conhecimentos desenvolvidos na universidade. “Além de contribuir com a situação energética global, estaríamos levando biocombustível a comunidades menores”, explica Mulholland. Apesar de servir de modelo para a FAO, a Planta de Craqueamento da UnB ainda é um projeto-piloto e precisa ser aperfeiçoada.

A maior preocupação da ONU na busca de fontes alternativas de energia é com a rentabilidade econômica. “Estamos confiantes na tecnologia da UnB, mas não podemos deixar de lado questões como o custo da energia, a sustentabilidade das fontes e o tema da mudança climática”, recorda Tubino.

Ele acredita que o Brasil é o grande líder na área de bioenergia, já que possui cerca de 30 anos de experiência com o etanol e o biodiesel. Mas afirma que pontos negativos como o desmatamento e uma possível concorrência entre produção de energia e de alimentos também serão analisados.

“A verdade é que a nova geração deve estar mais preocupada do que a minha nessa questão energética. Ela sentirá bem mais os efeitos dos mais de dois séculos de muito lixo jogado na atmosfera e na natureza”, lamenta Tubino.

A usina de biocombustíveis da Universidade de Brasília (UnB) está montada em frente à Faculdade de Medicina da instituição e foi patenteada em 2002 pela UnB em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Inaugurada em janeiro de 2006, para a fabricação de biocombustível, ela atualmente tem capacidade para produzir 250 litros de diesel por dia. O modelo pode ser replicado em outras localidades do país. Na usina, os óleos vegetais passam por um processo chamado craqueamento. Submetido a temperatura de 350°C, o óleo se divide em uma mistura de várias moléculas. Uma parte delas é chamada bio-óleo, com propriedades similares à do diesel de petróleo. A usina é ligada ao Instituto de Química da UnB.

(Por Marcela Heitor, da UnB AgênciaEnvolverde/UnB Agência, 23/07/2007)


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