O plantio de cucurbitáceas (vegetais como abóbora, pepino, melão e melancia) no Brasil gera cerca R$ 300 milhões por ano. Para melhorar a produção sustentável em assentamentos e áreas de agricultura familiar, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) formou a Rede Participativa em Pesquisa e Desenvolvimento com Recursos Genéticos de Cucurbitáceas (Repartir), em parceria com universidades, sindicatos e cooperativas.
A pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia responsável pela pesquisa, Maria Aldete Ferreira, explicou a importância da cucurbitáceas para essas famílias de agricultores. “Essas famílias produzem há décadas esses vegetais. São sementes locais que são conservadas e passadas de gerações a gerações. Eles costumam produzir para o consumo próprio e vendem o excedente em feiras livres”.
“A idéia é estimular a produção para a venda, ensinando o cultivo de vegetais de melhor qualidade”, acrescentou.
A rede funciona em pólos no Ceará, em Minas Gerais e no Distrito Federal, de acordo com Maria Aldete. “Nos pólos são plantadas espécies de cucurbitáceas. Com esses ensaios a gente capacita os produtores. Quando realizamos um curso convidamos assentados de assentamentos vizinhos”.
Segundo ela, já foram realizados três cursos de capacitação nos pólos. Maria Aldete acredita que os resultados são positivos. “Já realizamos três cursos de capacitação nos pólos. Os produtores agora já sabem diferenciar uma abóbora de uma abobrinha e de uma moranga. Eles já começaram a produzir, porque sabem como cultivar”. Ela afirmou que no próximo ano o pólo do estado do Espírito Santo começa a funcionar.
(Por Clara Mousinho, Agência Brasil, 22/7/2007)