A árvore que apareceu caída na manhã de quarta-feira na Rua Independência, no Centro de São Leopoldo, foi derrubada por um caminhão há cerca de dez dias e acabou caindo novamente. A constatação foi feita pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semmam), que ontem pela manhã esteve no local procurando testemunhas. Sobre a outra ocorrência da quarta-feira, quando moradores do bairro Arroio da Manteiga encontraram uma misteriosa substância laranja no valão da Rua Atalíbio de Rezende, a Semmam ainda não tem pistas.
Técnicos da Secretaria estiveram na manhã de ontem entrevistando moradores e comerciantes da Independência à procura de pistas que levassem ao culpado pela derrubada da árvore. A resposta veio rápido: uma manobra equivocada de um caminhão resultou na queda da planta. Segundo Claiton Reis, que trabalha em uma
lan-house próxima do local onde ficava a árvore, o acidente aconteceu há cerca de dez dias. “Um caminhãobaú, desses bem grandes, manobrou e acertou a árvore, que ficou quase caída. Chegamos a gritar para que o motorista parasse, mas ele não ouviu e foi embora.” Segundo informações da Semmam, nenhuma das testemunhas anotou a placa do veículo, o que ajudaria na investigação.
Os moradores então repuseram a árvore no lugar. “Ela resistiu, mas apareceu caída depois”, afirma Reis, que não gostou da planta utilizada pela Semmam na reposição. “Preferia uma árvore maior, e não essa pequena, que pode ser facilmente arrancada por vândalos. A gente sente falta da sombra que a outra fazia.”
TintaO outro episódio da quarta-feira, quando moradores do Arroio da Manteiga encontraram um líquido laranja no valão da Rua Atalíbio de Rezende, ainda não foi solucionado. Ontem, dois técnicos da Secretaria iniciaram visitas a todas as empresas que depositam seus efluentes no valão. Segundo o coordenador de Fiscalização Ambiental da Semmam, Joel Garcia Dias, não há dúvidas de que se trata de um descarte ilegal. “Provavelmente, faziam a limpeza de equipamentos de pintura e guardavam a tinta em um galão ou tambor. Ontem o material foi jogado no valão.” Ligadas à estrutura estão, segundo Dias, curtumes, gráficas e metalúrgicas, entre outras empresas.
A Semmam prometeu visitar todas na busca por pistas para solucionar o caso. Ainda na noite de quarta-feira, os técnicos da Semmam coletaram amostras da água do valão, para determinar com exatidão o tipo de material descartado. Dias adianta que, provavelmente, a tinta contenha óxido de ferro em sua composição.
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VS, 20/07/2007)