Depois de iniciar o trabalho de atualização do plano diretor de desenvolvimento urbano de Cachoeira do Sul e logo após demitir o cargo em comissão encarregado de coordenador do trabalho, Vitor Dias, o prefeito Marlon Santos determinou nesta semana que seja retomado o trabalho de modernização do documento que aponta para onde a cidade deverá crescer. O primeiro passo foi a nomeação, por portaria, de nove servidores de diferentes secretarias municipais para ajudar na tarefa que deverá ser coordenada pelo arquiteto André Müller, presidente do Núcleo de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (NEA) de Cachoeira do Sul.
Müller ajudou na elaboração do plano diretor que está em vigor e será convidado a comandar o trabalho. O arquiteto, na condição de presidente do NEA, cobra há mais de três anos a modernização do documento datado de 1981. O procurador jurídico do Município, Júlio Mahfus, compõe a comissão do plano diretor e antecipa alguns pontos que deverão ser alertados no conjunto de leis.
“A legalização de ocupações de áreas verdes, a possibilidade de instalar indústrias nos bairros e a permissão para construção de prédios em áreas nobres, como em determinadas ruas dos bairros Santo Antônio e Soares precisam ser trabalhados”, exemplifica o procurador. Como medida de prevenção, Mahfus pretende convidar os vereadores a ajudarem na elaboração do novo plano diretor, “evitando que o projeto de lei venha a ser rejeitado”, comenta ele. A previsão de Mahfus é de que o trabalho seja executado em um ano. “A tarefa não é difícil, mas exige tempo e técnica. São dezenas de pontos a serem revistos para que Cachoeira tenha um moderno plano de expansão e fique apta a receber novos investimentos”, acrescenta Júlio Mahfus.
AudiênciasA idéia da comissão do plano diretor é promover pelo menos 10 audiências públicas nos bairros para ouvir as necessidades dos moradores. As propostas da comunidade, caso se adaptem ao projeto, serão inseridas no documento a ser avaliado pelos vereadores. “Queremos elaborar a proposta de uma maneira bastante democrática”, comenta o procurador jurídico do Município. Mahfus estima que a atualização do plano diretor custará cerca de R$ 300 mil. A terça parte deste valor, R$ 100 mil, está reservada no orçamento da Prefeitura 2007. O restante, R$ 200 mil, será previsto no orçamento do ano que vem.
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Jornal do Povo, 20/07/2007)