Construções irregulares serão retiradas das margens do córrego do Bispo, na subprefeitura Casa Verde.Nesta quinta-feira (19), a Prefeitura de São Paulo deu continuidade às ações da Operação Defesa das Águas, na Serra da Cantareira. Pontes e ocupações irregulares, que são usadas como galpões de reciclagem e estábulos, e estão localizadas às margens do Córrego do Bispo, serão retiradas para o início da limpeza e do aprofundamento do córrego. Estas construções estão situadas em área de preservação permanente, o que configura crime ambiental. No local há cerca de 60 porcos, alguns pesando mais de 100 kg, criados de forma irregular. Para a retirada e transporte dos animais, serão utilizados quatro caminhões. A operação terá início às 8 horas e o ponto de encontro das equipes será na Avenida Inajar de Souza, próximo à Avenida General Penha Brasil.
A estimativa é de que 100 pessoas participem da ação, entre funcionários da Subprefeitura Casa Verde, da Secretaria da Saúde (Centro de Controle de Zoonoses), da Secretaria do Verde e Meio Ambiente, CET, polícias Civil, Militar Ambiental, Guarda Ambiental e Guarda Civil Metropolitana.
"Como a questão da ocupação das áreas públicas não era combatida de forma enérgica, muita gente ocupava esses espaços sem medo de punição. O agravante para o caso em questão é que se trata de crime ambiental", declara Andrea Matarazzo, secretário das Subprefeituras e subprefeito da Sé. "O problema para essas pessoas é que essa administração tem se pautado por fazer valer a lei, não importa a região da cidade", complementa.
A Operação Defesa das Águas é uma parceria entre a Prefeitura e o Governo do Estado para recuperar e urbanizar áreas de matas, córregos e nascentes. A ação faz parte do conjunto de medidas para preservação ambiental já em curso na Zona Sul, na área das represas Billings e Guarapiranga, para recuperação dos mananciais e do entorno.
Congelamento de áreas e ocupaçõesUma das primeiras ações práticas da Operação é congelar as ocupações existentes em Áreas de Preservação, para impedir a expansão dos assentamentos irregulares. Isso é feito com a demarcação e sinalização das áreas, cadastramento dos moradores, divulgação de boletins, mapeamento das construções e desfazimento das moradias que forem construídas nos locais proibidos.
Na Zona Norte serão instalados pórticos e placas, informando as regiões de preservação ambiental abrangidas pelo sistema de fiscalização, onde a construção pode caracterizar crime ambiental. Além disso, as áreas serão demarcadas fisicamente, inclusive com o plantio de árvores, o que facilitará a visualização aérea das áreas demarcadas.
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Envolverde/Assessoria, 20/07/2007)