Um morador das margens da RS-118, em Sapucaia do Sul, reclama que o serviço de coleta de lixo contratado pelo município recusa-se a recolher o material em sua casa. Edson Rodrigo Ferreira, que trabalha com coleta e separação de material reciclável no quilômetro 2,5 da rodovia, afirma que o lixo orgânico que sobra de sua atividade não vem sendo recolhido, e que os coletores teriam pedido dinheiro para passarem a levar material. A situação vem se repetindo, de acordo com o catador, há pelo menos cinco meses.
Segundo Ferreira, o lixo orgânico resultante da separação não ocupa mais de 20 sacos de cem litros de lixo por semana. Por conta da recusa, o catador vem sendo obrigado a descartar o material em outro terreno, um local onde outros moradores também depositam lixo.“Não sei se não recolhem porque é muito”, afirma o catador. Mesmo assim, o material vem atraindo ratos à casa do catador, que pede que o serviço seja reestabelecido. “Eles dizem para mim que a prefeitura proibiu que o lixo seja recolhido. Antigamente eles faziam o serviço normalmente.”
O diretor de Limpeza Urbana da prefeitura de Sapucaia do Sul, José Ivan Soares, que trabalha junto à empresa do município de Alvorada JC Lopes, contratada pela prefeitura para realizar a coleta de lixo, diz que uma equipe será enviada até o local para averiguar os fatos. O encarregado administrativo da empresa, João Martins, afirma que, devido uma orientação da prefeitura que impede o recolhimento de lixo reciclável, pode ter havido uma confusão. Mesmo assim, a empresa vai investigar o caso.
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VS, 19/07/2007)