O estacionamento de veículos de prefeituras do Interior em praças e no entorno do parque da Redenção desqualifica a paisagem, além de criar um paredão entre a comunidade e estes locais de lazer. A afirmação é do titular da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), Beto Moesch.
Os motoristas desembarcam os pacientes nos hospitais de Clínicas, Santa Casa e Pronto Socorro para a realização de consultas médicas. Logo após, ficam estacionados por tempo indeterminado em locais próximos a estas instituições, como a praça Argentina, na avenida João Pessoa, e o parque da Redenção. "Esse muro também causa insegurança na população", acrescentou Moesch.
O secretário informou ainda que o paredão criado pelos veículos prejudica também o trabalho da Brigada Militar e da Guarda Municipal, que não conseguem enxergar a parte interna do parque. "A Smam tem recebido diversas reclamações de moradores e freqüentadores do Parque Farroupilha sobre a presença dos automóveis na região. Além da presença das vans, ônibus e microônibus, os usuários têm criticado o comportamento de alguns motoristas", ressaltou.
Moesch explica que alguns fazem brincadeiras com as mulheres que realizam caminhadas no local. "Definitivamente, praças e parques não são terminais de ônibus", comentou.
A secretaria já solicitou diversas vezes à Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC) que procure alternativas de estacionamento para os veículos que vêm do Interior. "A Smam não é órgão de trânsito nem tem o poder de multar", destaca.
O diretor de trânsito e circulação da EPTC, José Wilmar Govinatzki, disse que tem sido intensificada a fiscalização para que os veículos não estacionem em locais proibidos nem tranque os acessos a parques e praças.
"Temos uma atenção especial com os automóveis que vêm do Interior e que ocupam um grande espaço em vias estreitas da Capital", comentou. Segundo ele, sempre é sugerido aos motoristas que trazem pacientes ou que vêm em excursões turísticas a utilização dos estacionamentos no Largo Zumbi dos Palmares, na avenida Loureiro da Silva, e na Usina do Gasômetro.
(Por Cláudio Isaías,
JC-RS, 19/07/2007)