As águas do maior rio da Itália, o Rio Pó, estão diminuindo devido às mudanças climáticas e ao aumento das exigências, especialmente para a agricultura. Com isso, seu curso pode parar a 100 km de distância da sua foz, na cidade de Ferrara, no norte do país. Os dados alarmantes foram divulgados na cidade de Parma em um congresso sobre os efeitos do clima sobre a bacia fluvial do Pó, organizado pela Agência para a Proteção do Ambiente e para os Serviços Técnicos (Apat) junto com outras agências locais e com o Ministério do Meio Ambiente, em vista da conferência nacional italiana sobre mudança climática prevista para ocorrer em setembro em Roma.
O volume de águas do principal rio italiano diminuiu de 20 a 25% nos últimos 30 anos. A bacia do Pó se estende por 25% do território nacional, compreendendo seis regiões e 3200 cidades, onde se concentra 40% do PIB italiano. "Devemos tomar providências rapidamente, antes que seja tarde demais", declarou o presidente da Comissão Ambiental da Câmara de Deputados, Ermete Realacci, comentando os dados divulgados hoje.
"É um tema que há tempos tem a atenção do Parlamento, que já nos mês de março aprovou por unanimidade uma resolução conjunta entre a Comissão Ambiental e a de Agricultura na qual se pede ao governo um plano de intervenções ao longo do curso do Pó", acrescentou o deputado. Segundo Realacci, parte dos danos ao rio italiano são provenientes dos elevados números de hidroelétricas, dos sistemas de irrigação e culturas com consumo impactante de água e da retirada ilegal de areia de suas margens.
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Ansa, 19/07/2007)