Os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) suspenderam nesta quarta-feira (18/07) a greve que já durava mais de dois meses. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Servidores o Ibama (Asibama), Jonas Corrêa, o motivo do retorno ao trabalho é o recesso dos parlamentares.
A categoria estava em greve desde o dia 14 de maio porque é contra a edição da Medida Provisória (MP) 366/07, que divide a gestão ambiental brasileira com a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. O novo órgão ficaria responsável pela gestão de unidades de conservação.
A medida foi aprovada pela Câmara dos Deputados no mês passado. Os servidores do Ibama esperam que o Senado Federal rejeite a MP. Corrêa afirmou que, durante o período de recesso dos parlamentares, os servidores vão tentar mobilizar os senadores. “Nós vamos desenvolver atividades nos estados, conversando com os senadores para que, quando o Congresso retornar ao trabalho, eles rejeitem essa medida provisória.”
De acordo com Corrêa, a categoria ainda vai decidir se volta a entrar em greve após o retorno dos senadores ao Congresso. Uma plenária será realizada uma semana antes dos parlamentares voltarem ao trabalho.
"Isso depende também das negociações junto com a administração [do Ibama] sobre a questão dos dias parados. Queremos saber se eles vão devolver o que foi descontado dos servidores. Nós tivemos 17 dias do mês de maio cortados, o mês de junho não está sendo cortado por causa de uma liminar que nós conseguimos.”
Com a paralisação dos servidores do Ibama, os serviços mais prejudicados foram o licenciamento e a exportação de produtos de origem florestal.
(Por Clara Mousinho, Agência Brasil, 18/07/2007)