O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, anunciou nesta quarta-feira (18/07) o aumento dos investimentos em conservação de energia ou eficiência energética. Para isso, pretende se reunir nos próximos dias com representantes do Ministério de Minas e Energia, da Eletrobrás e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), com quem discutirá "o incentivo, em condições especiais, à conservação e à co-geração em usinas de açúcar e álcool".
Nos últimos meses, lembrou, "o BNDES tornou mais atrativas as condições financeiras de suas operações para o setor, seja reduzindo a taxa de risco ou aumentando prazos de carência, por exemplo". Coutinho explicou que foi criada neste ano uma linha de crédito, a Proesco, de apoio a projetos de eficiência energética, o que inclui financiamento para substituição de máquinas e até consultoria para a engenharia.
“Junto com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia, o BNDES pode ter uma atuação mais firme nessa área”, apontou Coutinho. “A energia com maior taxa interna de retorno que se pode obter no Brasil hoje é a energia conservada. E nós temos que ajudar a aprofundar um processo de conservação de energia, tanto na esfera industrial, como na residencial e na comercial”, acrescentou.
O diretor de Planejamento do BNDES, João Carlos Ferraz, previu ampliação na capacidade de geração de energia elétrica a partir do etanol. E informou que a instituição soma 67 projetos para essa área, com investimentos de R$ 12,2 bilhões e potencial financiamento de R$ 7,2 bilhões.
No ano passado, foram desembolsados para o setor sucro-alcooleiro, envolvendo plantio, usinas e co-geração de energia, recursos no montante de R$ 2,1 bilhões, contra R$ 1,1 bilhão em 2005 e R$ 586 milhões em 2004. Para 2007, a estimativa é de que as liberações do BNDES para o setor alcancem R$ 3 bilhões. Somente no primeiro trimestre, os financiamentos para o setor atingiram R$ 725 milhões.
(Por Alana Gandra, Agência Brasil, 18/07/2007)