O risco da ocorrência de leptospirose entre os moradores das comunidades ribeirinhas da região Metropolitana levou agentes da Defesa Civil, da Equipe de Vigilância em Saúde e do Corpo de Bombeiros a promoverem ações preventivas ontem. Cerca de 500 pessoas permanecem ilhadas em suas casas devido ao aumento do nível da água do rio Gravataí. Ontem pela manhã, a régua instalada na Estação de Tratamento de Água da Corsan no Passos dos Negros, em Gravataí, registrou 4,02 metros acima do nível do mar. Em Cachoeirinha, o bairro Olaria é o principal atingido.

Segundo Tânia Ramos, uma das técnicas epidemiológicas do município, não foi registrado nenhum caso até então, mas a situação preocupa. 'Verificamos um caso de mordida de rato em uma criança. Até que se prove o contrário, todo rato urbano é transmissor de leptospirose.'

A proximidade com o rio também favorece a presença dos roedores. A principal recomendação da equipe de saúde é evitar contato com a água. Muitos recicladores não seguem a orientação porque precisam trabalhar. A doença, que causa dores de cabeça e no corpo, náuseas e diarréia ainda pode ser evitada pelo uso de equipamentos de proteção, como botas. O coordenador da Defesa Civil de Cachoeirinha, Valdir Mattos, lembrou que, desde quinta-feira, tem observado o avanço das águas. 'Estamos 24 horas redobrando a atenção na área.' Ontem, a Defesa Civil e os Bombeiros sugeriram a retirada de famílias, que resistem à saída.

(CP, 18/07/2007)