Do trabalho coletivo das abelhas, cerca de 400 famílias do estado do Tocantins têm tirado boa parte do sustento de casa. Assim como os pequenos animais, os apicultores (criadores de abelhas) tocantinenses têm trabalhado em sistema de cooperação e têm conseguido incrementar a renda mensal em até meio salário mínimo.
A prática solidária está acontecendo através de projetos como o Apicultura, do programa de Geração de Renda da Secretaria do Trabalho e Ação Social (Setas), cujo objetivo é prover aos pequenos agricultores e familiares uma nova alternativa de renda a fim de diversificar a sua produção e minimizar o êxodo rural. Através da doação de equipamentos e capacitação técnica do pessoal, o Apicultura dá suporte às famílias de baixa renda para que produzam e comercializem produtos apícolas.
Em cooperativa, eles retiram das colméias mel, própolis e geléia e comercializam os produtos. Segundo informações do Governo do Estado, já existem dez associações trabalhando com a atividade em Tocantins e mais 13 estão em implantação. De acordo com informações da Setas, já existe verba para a implantação de mais quatro associações.
No município de Nazaré (523 km de Palmas), a Associação de Apicultores de Nazaré (Apina) tem mostrado que a criação de abelhas pode ser um bom negócio. Só em 2005, a Associação registrou uma produção de quatro toneladas de mel, o que representou uma renda extra de R$ 32 mil aos 36 associados. Como a apicultura não se destina só à produção de mel, mas também à polinização agrícola, produção de própolis, pólen e geléia real, a intenção dos associados da Apina é fazer multiplicar as 30 colméias e retirar delas o máximo possível.
As matérias sobre Economia Solidária são produzidas com o apoio do Banco do Nordeste do Brasil (BNB).
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Adital, 17/07/2007)