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2007-07-18

 

Dois dias depois de o nadador britânico Lewis Gordon Pugh mergulhar em águas geladas para protestar contra o aquecimento global, um estudo mostra que o fenômeno pode provocar o aparecimento de furacões, ou ciclones tropicais, no mar Mediterrâneo, ameaçando uma das regiões costeiras mais densamente povoadas do mundo. Atualmente, os furacões costumam se formar no oceano Atlântico e raramente atingem a Europa, mas a pesquisa revelou que um aumento de três graus nas temperaturas médias pode mudar o cenário.

- É a primeira vez que detectamos essa possibilidade - conta o coordenador da pesquisa Miguel Angel Gaertner, da Universidade de Castilla-La Mancha, na Espanha. - A maioria dos modelos usados em nosso estudo mostra uma intensificação das tempestades. Se combinarmos isso com o aumento previsto do nível dos oceanos, veremos que muitas áreas costeiras habitadas estão em perigo. Além de abrigar milhões de pessoas, a costa do Mediterrâneo é um importante centro turístico - outro fator ameaçado pelas estimativas.

No estudo publicado na revista da American Geophysical Union, Gaertner e colegas do Instituto Max Planck para Meteorologia, na Alemanha, usaram vários modelos de previsão climática para determinar a possibilidade de eventos do tipo ocorrerem no Mediterrâneo. Entre as ocorrências que influenciam os furacões estão o aquecimento da superfície dos mares e a instabilidade atmosférica. Até agora, esses fenômenos aconteceram em um número limitado de regiões, tais como o Norte do Atlântico e do Pacífico, onde são chamados de tufões. Recentemente, no entanto, passaram a aparecer em lugares inusitados, o que, segundo Gaertner, seria um sinal claro do perigo.

Em 2004, o furacão Katrina apareceu no Sul do Atlântico e atingiu o Sul do Brasil. Um ano mais tarde, o furacão Vilma formou-se perto da ilha da Madeira e transformou-se no primeiro a invadir território espanhol. Segundo Gaertner, muitas incertezas pairam sobre essa questão e continua sendo impossível determinar quais regiões do Mediterrâneo estão mais expostas. O cientista também acredita que ainda há chance de evitar o pior dos cenários. - Esse é o lado positivo. Temos tempo para evitar isso se diminuirmos as emissões de gases do efeito estufa - prevê Gaertner.

No domingo, Pugh nadou 1 km em águas do pólo Norte, durante 18 minutos e 50 segundos, para protestar contra o impacto das mudanças climáticas. As águas, a menos 1,8 graus, deveriam estar congeladas nesse período.  Para os especialistas, as emissões de gases do efeito estufa, decorrentes sobretudo da queima de combustíveis fósseis em termoelétricas, fábricas e carros, são a causa da elevação das temperaturas.
(Jornal do Brasil, 17/07/2007)


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