O laudo preliminar emitido pela Casan, em Mafra, aponta como impróprias para consumo as amostras coletadas no Rio Negro no fim de semana. Nova análise será feita em Curitiba. O objetivo é detectar a presença de metal pesado na água. O segundo laudo fica pronto hoje. Por enquanto, a população do município pode continuar a beber água.
Desde domingo à tarde, a Casan de Mafra monitora o rio. Segundo o gerente regional, Francisco Adolfo Pinotti, logo após o alerta emitido pela Defesa Civil de São Bento do Sul, a captação de água, em Mafra, foi suspensa, como medida de segurança. Ainda no domingo, técnicos da companhia e soldados do Corpo de Bombeiros percorreram, com barco, 22 quilômetros do rio em busca da mancha de poluição, mas nada foi encontrado.
Segundo Pinotti, o primeiro laudo apresentou excesso de ferro, manganês e alumínios na amostra, mas o teor pode ser tratado. Além de Mafra e Rio Negro (PR), outros quatro municípios do Planalto Norte de SC utilizam água do Rio Negro: Três Barras, Canoinhas, Irineópolis e Porto União.
Ontem, a Estação de Tratamento de Água de Mafra operou durante todo o dia, mas foi desligada à meia-noite. Será reativada somente após a conclusão do novo laudo técnico que tenta descobrir o agente poluidor.
A contaminação no rio foi detectada, sábado, por moradores do interior de São Bento do Sul. A água apresentava cor de chumbo e exalava cheiro diferente do comum em rios da região. Foram os próprios moradores quem recolheram as primeiras amostras de água analisadas pela Casan.
(Diário Catarinense, 17/07/2007)