A previsão de investimentos até 2010 em obras de saneamento básico e abastecimento de água em Santa Catarina é de R$ 410 milhões. A maior parte dos recursos são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e correspondem a R$ 328 milhões. O restante da verba será em contrapartida da Casan e, nas cidades onde a empresa não atua, das companhias de abastecimento municipais.
O presidente da Casan, Walmor de Luca, anunciou a liberação de R$ 217 milhões para as cidades de Florianópolis, São José e Criciúma. Em outra etapa serão feitos investimentos em Itajaí, Jaraguá do Sul, São Joaquim, Tijucas, Blumenau e Joinville.
Com os investimentos, a Casan espera garantir o abastecimento em toda Capital, nas comunidades carentes, inclusive durante os picos de demanda no Verão.
De Luca acredita que o tratamento de esgoto em Florianópolis vai passar de 53% para 70%. Ele afirmou que, por tratar-se de uma ilha, o ideal na cidade é um índice de 85%. No entanto, a expectativa é alcançar esse nível em seis se tudo correr bem. Mesmo assim o presidente da Casan gostou do valor dos investimentos do PAC na Capital.
De Luca explicou que para garantir balneabilidade e a manutenção da maricultura em Florianópolis é preciso haver tratamento adequado também em Palhoça e Biguaçu. O motivo é que as correntes marinhas acabam prejudicando a Capital. Ele disse que um estudo da Epagri revelou que hoje a atividade não corre risco, mas se a falta de saneamento básico nas cidades vizinhas persistir poderão ocorrer problemas.
Em Criciúma, tratamento de esgoto pode chegar a 60%
De acordo com o presidente da Casan, em Criciúma o tratamento de esgoto pode chegar a 60%. A obras vão beneficiar o Centro e as regiões Leste, Sul e Oeste da cidade.
O Bairro Próspera não vai receber as melhorias. Hoje, apenas 6% da população da cidade conta com saneamento básico.
A expectativa do presidente da Casan é começar ainda neste ano as obras nas três cidades que já tiveram o dinheiro liberado.
Ele disse que os recursos foram garantidos pela ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, em uma reunião na quarta-feira da semana passada.
(Por Felipe Pereira,
Diário Catarinense, 17/07/2007)