O potencial de crescimento do mercado mundial de álcool atraiu para o Brasil investidores estrangeiros. Com sócios como o ex-presidente do Banco Mundial James Wolfensohn e os fundadores da Sun Microsystems, Vinod Khosla, e da America Online, Steve Case, a Brenco investirá US$ 2,2 bilhões na construção de dez usinas. O megainvestidor George Soros também expande seus negócios no país.
Segundo dados da consultoria KPMG, das nove fusões e aquisições do setor em 2007, seis envolviam grupos estrangeiros. Em todo o ano de 2006, também foram nove negócios, dos quais seis foram realizados por empresas do exterior. "Há uma demanda muito forte por aquisições de usinas, que vai se intensificar", diz André Castello Branco, sócio da KPMG.
O vice-presidente de comercialização da Brenco, Rogério Manso, revelou que os quatro primeiros projetos já foram implantados. A produção começará em 2009 e cada uma demanda investimentos de cerca de US$ 220 milhões.
Cada unidade produzirá aproximadamente 380 milhões de litros/ano. A previsão é que as obras comecem no primeiro trimestre de 2008. A empresa já plantou mudas (3.500 hectares) e arrendou terras em municípios de Goiás e de Mato Grosso.
Outro megainvestidor internacional de olho no Brasil é George Soros. Ele é o maior acionista da Adecoagro, que investe US$ 900 milhões na construção de três usinas em Mato Grosso do Sul. Elas terão capacidade de produção de 900 milhões de litros de álcool -as unidades também são focadas exclusivamente no combustível. O investimento na Adecoagro foi feito pelo próprio Soros, sem a participação de seu fundo Quantum.
Empresa tradicional do setor, a Companhia Energética Santa Elisa (que se fundiu recentemente com a Vale do Rosário) aplicará R$ 2 bilhões na construção de quatro usinas, numa associação com investidores internacionais.
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Folha de S. Paulo, 17/07/2007)