Os produtores que plantarem sementes sem origem, o que é proibido pela legislação federal, não contarão com os financiamentos oficiais. O superintendente da Agricultura no RS, Francisco Signor, esteve reunido ontem com representantes da cadeia produtiva da soja, do governo federal e estadual, quando afirmou que não será renovada a autorização do plantio de variedades não certificadas para a safra 2007/08. Com isso, as empresas sementeiras esperam reverter o prejuízo que tiveram na safra passada com a autorização para o plantio de sementes próprias.
A expectativa aumentou com o anúncio do incentivo a quem adquirir as sementes dentro dos parâmetros da legislação. A decisão de ampliar em 15% o limite de financiamento de custeio para a safra 2007/08 dos produtores que operarem com sementes certificadas C1, C2, S1 ou S2, ou as variedades genética e básica também estimula a pesquisa.
Conforme o presidente da Associação dos Produtores e Comerciantes de Sementes e Mudas do RS (Apassul), Narciso Barison Neto, as multiplicadoras têm produção para abastecer toda demanda do Rio Grande do Sul, na ordem de 200 mil toneladas do grão, para o plantio de 4 milhões de hectares de soja. No ano passado, com a alegação de que faltariam sementes certificadas, o governo liberou o uso de grãos próprias. Para o dirigente, o estímulo ao uso de sementes certificadas demonstra preocupação com relação à origem dos grãos semeados e atende a antigo pleito do setor.
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CP, 17/07/2007)