Os ativistas de direitos humanos miram Porto Rico para que se bane do território a rinha de galo. O esporte é uma tradição porto-riquenha e movimenta um negócio considerável no local. As rinhas são ilegais em 49 Estados americanos e o governador da Louisiana assinou uma lei na quinta-feira (12/07) transformando em crime a prática. Antes da Louisiana, o Novo México baniu a atividade no dia 15 de junho.
No entanto, Porto Rico não mostra sinais de seguir o exemplo dos 50 Estados americanos. Há pouco tempo, o Legislativo do território aprovou um texto estabelecendo que o esporte é "um direito cultural" dos porto-riquenhos. "Há muitas pessoas que gostam deste esporte e nós não vamos permitir que um grupo de pessoas venha para cá e os privem deste direito", disse Carlos Molina, o legislador que propôs o texto.
"O esporte não prejudica ninguém", disse Molina. "O esporte sanguinário é ilegal em todos os Estados americanos e agora é hora de Porto Rico nos seguir", disse Heather Carlson, porta-voz do Peta, uma ONG que trabalha pelo direito dos animais. Estima-se que cerca de 100 mil disputas entre galos animais rendam cerca de US$ 400 milhões em vendas de ingressos. Alguns grupos defendem a atividade e recomendam sua exploração econômica como um ramo do turismo, agora que as rinhas são proibidas nos EUA.
(Associated Press /
Folha Online, 16/07/2007)