A preocupação ambiental com o desperdício de água está presente na organização dos Jogos Pan-americanos 2007, que começou na sexta-feira (13), no Rio de Janeiro (RJ). Toda a água de chuva recolhida nas instalações esportivas do Pan – como o estádio João Havelange, a Arena Multiuso e o Parque Aquático – será captada e destinada a vários usos não potáveis, graças a um inovador sistema, o AcquaSave. O sistema é composto de filtros, acessórios e cisternas de armazenamento, desenvolvidas pela 3P Technik, da Alemanha, e fabricados no Brasil pelo AcquaSave.
Para o diretor técnico da 3P Technik, Jack M. Sickermann, o sistema traz pelo menos duas grandes vantagens: “o aproveitamento de um recurso natural que, de outro modo, seria descartado e a redução do volume da água que escoa pela superfície impermeabilizada em direção às galerias pluviais, já saturadas. Assim, O Acquasave também ajuda no combate às inundações.
Nas instalações do Pan, a água armazenada servirá para a irrigação dos gramados, higiene dos vasos sanitários, sistema de combate a incêndio, e ar condicionado, entre vários outros usos. No Estádio João Havelange, por exemplo, foram instalados dois reservatórios, cada um com capacidade para 470 mil litros de água, de forma a possibilitar o aproveitamento de 1.500 metros cúbicos (1,5 milhão de litros) de água por mês, o que gerará uma economia de quase R$ 20 mil mensais.
O Brasil é um dos países com o maior índice de ocorrência de chuvas no mundo, mas este recurso vem sendo desperdiçado. Quando chove ocorrem grandes enchentes e na época seca há escassez de água em várias localidades. No Rio de Janeiro, a coleta de água da chuva é obrigatória desde 2005, para empreendimentos com mais de 500 m² de telhado. Nesse estado, o sistema Acqua Save já foi implantado em complexos de grande porte, como a Cidade do Samba, na Gamboa, e o Aeroporto Santos Dumont.
(
Envolverde/Assessoria, 17/07/2007)