O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou financiamento de R$ 1,6 bilhão para a Foz do Chapecó Energia S/A, destinado à construção da hidrelétrica Foz do Chapecó.
Trata-se do quinto projeto de hidrelétrica incluído no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) aprovado pelo BNDES. O empreendimento vai garantir suprimento de energia no país a partir de 2010 e terá investimentos totais de R$ 2,2 bilhões.
A nova hidrelétrica, localizada no rio Uruguai, divisa dos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, terá capacidade instalada de 855 megawatts (MW) e sistema de transmissão associado. A primeira turbina deverá entrar em operação em agosto de 2010 e a quarta e última em março de 2011.
O apoio do banco será realizado por meio de projetc finance e de uma operação mista, na qual parte do crédito, R$ 1,1 bilhão, será desembolsada diretamente pelo BNDES e a outra parcela, de R$ 552 milhões, por meio de agentes financeiros, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e banco Safra. O valor financiado equivalerá a 75% do investimento total do projeto.
A Foz do Chapecó Energia S/A é uma SPE (Sociedade de Propósito Específico) criada especialmente para desenvolver o projeto. A SPE é controlada pela CPFL Geração de Energia, um das principais participantes privados do setor, Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (CEEE) e Chapecoense Geração (empresa formada por Furnas Centrais Elétricas e Pentágono).
Desde 2002, a hidrelétrica Foz do Chapecó já possui 40% de sua energia assegurada comercializada com duas distribuidoras do grupo CPFL. Os 60% restantes de energia sem contrato serão colocados no mercado, mediante contratos de longo prazo previamente aceitos pelo BNDES.
PAC
O BNDES possui, atualmente, 20 projetos de usinas hidrelétricas incluídas no PAC, que somam investimentos totais de R$ 20,3 bilhões e prevêem financiamento de R$ 13,3 bilhões com recursos do BNDES. As novas usinas vão gerar 7,6 mil MW.
O BNDES reduziu em 60% os custos cobrados em seus financiamentos nos projetos do PAC na área de energia, a fim de estimular os investimentos no setor. O spread básico para os projetos de usinas hidrelétricas e termelétricas caiu de 2,5% em 2005 para 1% em 2007.
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Folha Online, 16/07/2007)