Às vésperas da suspensão da greve, os servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) vão monitorar o Senado contra a votação da MP (medida provisória) 366, que cria o Instituto Chico Mendes. A categoria, que entrou em greve no dia 14 de maio, decidiu suspender a paralisação enquanto durar o recesso do Congresso --que vai desta terça (17/07) a 1º de agosto.
"Vamos nos manter em estado de alerta. Como o último dia de trabalho antes do recesso é amanhã, ficaremos atentos contra a votação dessa MP", disse a presidente da Asibama-DF (Associação dos Servidores do Ibama no Distrito Federal), Lindalva Cavalcanti.
Para os grevistas, o novo órgão esvazia as atribuições do Ibama e dá início ao que eles chamam de "desmonte" da instituição.
No final de abril, o governo anunciou a reestruturação do Ministério do Meio Ambiente, que incluiu a divisão do Ibama. Pela divisão, o Instituto Chico Mendes fica responsável pelas unidades de conservação da natureza e por programas de pesquisa da biodiversidade. E o Ibama fica responsável pela concessão das licenças ambientais.
Na segunda-feira passada, os grevistas do Ibama realizaram um protesto na estátua do Cristo Redentor, no Rio. Eles aproveitaram a escolha do Cristo Redentor como uma das sete novas maravilhas do mundo para chamar a atenção para o movimento da categoria.
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Folha Online, 16/07/2007)