O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento aprovou o Zoneamento Agrícola de Risco Climático deste ano, para a cultura de soja, em 11 estados e no Distrito Federal. O objetivo é orientar os produtores rurais sobre as datas de plantio, para tirar melhor proveito do clima e orientar os bancos e instituições financeiras sobre como fazer seguro para a lavoura e emprestar dinheiro para o plantio.
Para o secretário de Política Agrícola da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Agricultura (Contag), Antoninho Rovaris, o estudo tem trazido desenvolvimento e beneficiado os agricultores familiares. "Nós entendemos que a partir de um processo que hoje é mais eficiente há a diminuição dos riscos e a das perdas, o que antes não ocorria. Por meio do zoneamento, temos melhor condição de avaliação e de passar para os agricultores uma segurança maior", disse.
O coordenador Geral de Zoneamento Agropecuário do ministério, Francisco José Mitidieri, explicou que o estudo é feito anualmente e traz novas informações para a atualização das mudanças que ocorreram no clima e na agricultura do país. Segundo ele, alguns municípios podem ter seu período de plantio ampliado ou diminuído, e também podem ser excluídos ou indicados novos municípios.
“O zoneamento de risco climático analisa a condição e os parâmetros de cada município, do ponto de vista de amenizar os riscos e as adversidades climáticas que possam coincidir com a fase mais sensível da cultura que se está trabalhando. Nesse sentido, as áreas indicadas atualmente já são as áreas plantadas e cultivadas”, informou.
Os estados que tiveram o zoneamento aprovado para a cultura da soja foram, além do Distrito Federal, os de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Santa Catarina, Paraná, Bahia, Maranhão, Piauí, Minas Gerais e São Paulo.
Na revisão deste ano, foi excluído o município de Vila Alta, no Paraná, porque as condições climáticas são desfavoráveis para o plantio da soja neste ano.
(Por Gláucia Gomes, Agência Brasil, 16/7/2007)