A associação de comércio da indústria de energia nuclear recentemente perguntou para mil americanos qual fonte de energia eles achavam que seria mais usada para gerar eletricidade em 15 anos. A escolha mais votada? O vencedor foi o sol, citado por 27% dos pesquisados. Painéis que convertem a luz do sol em eletricidade têm o apoio da maioria ao redor do mundo – desde a Europa, onde fileiras brilhantes cobrem arranhas-céu e grandes fazendas, passando por Wall Street, onde ofertas de ações para produtores de painéis estão aumentando, até a Califórnia, onde a iniciativa “Milhões de tetos solares” do governador Arnold Schwarzenegger é promovida construindo uma indústria na luta contra o aquecimento global.
Mas apesar de todo o entusiasmo sobre colher luz solar, alguns dos maiores especialistas e investidores de tecnologia solar dizem que mudar essa energia de um nicho para popular – ano passado o sol foi responsável por menos de 0.01% do estoque de eletricidade do país – será improvável sem progressos significantes tecnológicos. E dada a quantidade atual de pesquisa em laboratórios do governo e particulares, não é esperado isso acontecer em nenhum futuro próximo.
Realmente, até mesmo daqui 25 anos, segundo o oficial do departamento de Energia responsável por energia responsável, energia solar poderá totalizar, no máximo, 2% ou 3% da oferta de energia nos EUA. Enquanto isso, instalações de energia que queima carvão, a fonte principal de emissões de gases ligada ao aquecimento global, mais de uma por semana está sendo construída ao redor do mundo Impulsionada por incentivos do governo na Alemanha e no Japão, assim como um número crescente de estados americanos, as vendas de painéis de silicone foto-elétricos decolaram, ajudando a derrubar os custos de produção e levando à refinação ampliada de produtos.
Mas Vinod Khosla, um proeminente empresário do Vale do Silício focado em energia, disse que os avanços guiados pelo mercado não estavam acontecendo rápido o suficiente para colocar tecnologia solar muito além de um investimento butique. “A maioria das ferramentas ambientais são brinquedos comparados à escala que realmente precisamos para resolver os problemas do planeta”, disse Khosla.
(Por Andrew C. Revkin e Matthew L. Wald,
The New York Times, 16/07/2007)