A morte de um homem por hipotermia e a de uma mulher por inalação de monóxido de carbono elevou na segunda-feira (16/07) para 28 o número de mortos com a onda de frio polar que assola a Argentina há mais de uma semana. O homem, de 84 anos e identificado como Aniceto Patagua, morreu por causa das baixas temperaturas em Mocoraite, onde morava, informou a Polícia. Já a mulher, de 85 anos morreu após inalar monóxido de carbono num incêndio em casa, depois de acender uma vela "devido a um corte de energia elétrica", afirmaram os investigadores.
A maioria das vítimas da onda de frio que começou no dia 8 de julho morreu de hipotermia ou por inalação de monóxido de carbono, mas também houve casos de intoxicação por ingestão de álcool na tentativa de se aquecer. Além disso, as baixas temperaturas levaram ao fechamento de várias escolas devido à falta de calefação durante os primeiros dias de julho. O período foi o mais frio dos últimos 45 anos, segundo dados do Serviço Meteorológico Nacional. O organismo informou que prevê dias bastante frios e nublados com temperaturas mínimas que ficarão numa média de dois graus centígrados, sem probabilidade de chuvas.
Nos últimos dias, o frio também aumentou a falta de energia que o país enfrenta devido ao aumento da demanda de gás e eletricidade. O abastecimento de gás natural comprimido começou a ser normalizado no sábado. Na terça-feira passada, o Governo cortara a venda do combustível para automóveis e ordenara sua substituição por gasolina pelo mesmo preço, numa das medidas para solucionar a falta de energia. Diante da escassez de gás e de eletricidade, a Argentina reduziu nos últimos dias o fornecimento para o Chile e aumentou as importações do Brasil e do Paraguai.
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Efe, 16/07/2007)