Três pessoas morreram e cerca de 260 ficaram feridas em um terremoto de 6,8 graus na escala Richter que abalou hoje (16/07) a região de Niigata, no noroeste do Japão, informou a agência "Kyodo".
O terremoto, com epicentro a 17 km de profundidade nas águas do mar do Japão, aconteceu às 10h13 (22h13 de domingo em Brasília) e provocou o desmoronamento de 20 casas, principalmente na localidade de Kashiwazaki, província de Niigata, assim como um incêndio em uma usina nuclear.
Como conseqüência do forte tremor três pessoas morreram em Kashiwazaki e 260 pessoas ficaram feridas nas províncias de Niigata e Nagano (noroeste e centro do Japão, respectivamente).
O terremoto desencadeou um incêndio no reator de número 3 da usina nuclear Kashiwazaki-Kariwa, da companhia Tokyo Electric Power, que optou por fechar seus outros três reatores.
Segundo as autoridades provinciais, o incêndio já foi totalmente controlado.
A companhia elétrica Tohoku Electric Power informou que uma falha no fornecimento de energia deixou cerca de 21.700 lares sem luz na região de Niigata.
O governo da cidade de Kashiwazaki decidiu suspender o fornecimento de gás na área urbana após detectar rompimentos em encanamentos em várias zonas da cidade.
O tremor também alterou os serviços de transporte na região, com cortes de energia para o trem-bala japonês, Shinkansen, e o fechamento temporário do aeroporto provincial para que os técnicos verificassem a existência de danos na pista de aterrissagem, embora os serviços já funcionem normalmente, de acordo com a "Kyodo".
A agência meteorológica japonesa chegou a emitir um alerta de tsunami para a área da ilha de Sado, no mar do Japão, embora o tenha desativado pouco depois.
O governo japonês iniciou um serviço de emergência para atender os afetados e normalizar a situação na região de Niigata.
Em 23 de outubro de 2004, a mesma região foi sacudida um terremoto da mesma intensidade, no qual morreram 67 pessoas e 4.800 ficaram feridas.
As ilhas que formam o Japão fica em uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo, e os terremotos de grande intensidade são relativamente freqüentes, apesar de normalmente não provocarem danos significativos, já que as construções do país estão preparadas para os tremores.
(Folha Online, 16/07/2007)