Ao se deparar no futuro com um Centro Cultural, um ginásio poliesportivo, seis lojas ou oito restaurantes durante o percurso. Além disso, terão mais duas opções de entrada para o local. Essas são algumas das mudanças previstas no Plano Diretor de Uso e Ocupação do Parque Sarah Kubistchek, que tramita na Câmara Legislativa desde 2004. O Projeto de Lei n.º 89, de autoria do executivo, chegou a ser incluído na pauta em caráter de urgência mas foi retirado, por pressão dos deputados de oposição. A idéia é que o projeto não seja votado sem debate com a população. Atualmente, o plano está na Comissão de Meio Ambiente aguardando apreciação da Casa. Distritais afirmam que o plano poderá ser votado ainda este ano.
O Parque da Cidade surgiu em 1978 a partir de projeto do paisagista Roberto Burle Marx e tem uma área de cerca de 400 hectares, porém nunca foi registrado em cartório como uma unidade imobiliária. O Plano Diretor delimita com exatidão as poligonais e determina como as áreas devem ser usadas. Ao todo, o parque terá 3,7 milhões de metros quadrados depois da aprovação do atual projeto. Esse é o primeiro passo para organizar as atividades que acontecem no espaço. Quanto ao uso, os espaços terão destinação específica.
O centro cultural de 10,3 mil metros quadrados de área construída, por exemplo, ficará ao lado da atual Praça das Fontes e abrigará museus e salas de espetáculos. Os oito restaurantes, além dos dois que existem hoje, vão ficar espalhados por todo o parque. A pista interna, que atualmente é dividida entre ciclistas e pedestres, ganhará uma outra paralela, com 10km de extensão, somente para caminhada. Além disso, a piscina de ondas também será reativada, assim como os pedalinhos e o aluguel de bicicletas. As cinco áreas de playground existentes no parque serão reformadas e receberão o reforço de mais quatro.
Sem leisO projeto é de autoria do executivo e de acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Seduma), tem a finalidade de resolver um problema de gestão. De acordo com o secretário-adjunto da Seduma, Luis Antônio Reis, vários serviços do parque estão parados porque não existe um aparato legal que os organize. “A prioridade é a utilização intensa da população. A piscina e os bicicletários, por exemplo, estão parados porque não podemos contratar nenhuma empresa para prestar o serviço”, completou Reis. Segundo ele, toda a modificação será de acordo com o projeto inicial de Burle Marx e incrementará a finalidade de lazer do parque.
Não só os parquinhos serão revitalizados, mas também as 75 churrasqueiras e as 41 quadras polivalentes, que receberão o reforço de mais 360 metros quadrados de construção. Os 74 ambulantes terão de passar por uma licitação para ficar no parque, assim como todos os estabelecimentos com a licença de funcionamento vencida e sem pedido de renovação. Eles irão trabalhar em quiosques padronizados.
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Correio Braziliense, 15/07/2007)l