Depois de realizar quatro audiências públicas no Interior e de debater as questões ambientais do cultivo de florestas no Rio Grande do Sul, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) parte agora para um novo aspecto.
O zoneamento ambiental da silvicultura - documento que norteará as autorizações de plantio de eucalipto, pinus e acácia - também levará em consideração a situação socioeconômica de cada região, e os impactos sobre a geração de emprego e renda que os projetos de florestamento podem proporcionar.
Na terça-feira passada, a Fepam garantiu a colaboração da Fundação de Economia e Estatística (FEE). No prazo de 60 dias, a FEE vai entregar uma pesquisa que estima a criação de novos postos de trabalho no setor de florestamento e um mapeamento com os indicadores sociais e econômicos de cada região.
- A intenção é confrontar a vulnerabilidade ambiental com esses indicadores socioeconômicos - explica Adelar Fochezatto, presidente da FEE.
Os dois trabalhos serão anexados ao projeto de zoneamento, cujo texto provisório sofreu modificações baseadas nas sugestões recolhidas em audiências públicas. E depois será submetido à aprovação do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), quando servirá de parâmetro para a emissão de licenças autorizando o plantio das árvores.
Segundo Ana Pellini, diretora-presidente da Fepam, os dados da FEE são fundamentais para complementar o zoneamento. Dessa forma, o documento contemplará três aspectos:
- A região pode até ser mais frágil ambientalmente, mas também com carência socioeconômica. Assim, para o licenciamento, vamos contar com as diretrizes ecológicas, o mapeamento e a projeção de impacto socioeconômico do investimento.
(Por Eduardo Cecconi,
ZH, 16/07/2007)