Uma mancha de origem desconhecida no leito do rio Negro colocou em alerta os municípios de Mafra e Rio Negro (PR), que utilizam a água do rio para distribuir à população. A origem da poluição e o agente poluidor ainda não foram identificados. De acordo com o técnico da Defesa Civil Marco Aurélio Silva, a população não deve beber água captada no rio até que se conheça o produto responsável pela poluição.
Segundo a previsão da Defesa Civil, a mancha deve chegar hoje (16/07) em Mafra, por causa da proximidade dos municípios. Bombeiros mafrenses monitoram o leito do rio. Os primeiros sinais da poluição foram vistos sábado à tarde, em São Bento do Sul. Moradores da localidade de Campina dos Maias, interior são-bentense, coletaram amostras da água poluída. Os vasilhames foram entregues à Defesa Civil do município para análise. No frasco, a água apresentava coloração de chumbo e um cheiro forte.
Um morador que vive há 24 anos no local e pediu para não ser identificado disse que nunca viu algo semelhante. “O rio parecia, em alguns pontos, estar fervendo. Era uma mancha cor de chumbo e tinha uma parte branca de espuma”, descreveu. O mesmo morador indicou para o Corpo de Bombeiros em que parte do rio a poluição deveria estar. Na localidade de Lajeado, em Rio Negrinho, do alto da ponte era possível ver a água como havia sido descrita.
Outra amostra foi coletada e enviada para análise nos laboratórios do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), de São Bento do Sul. Um laudo deve ser divulgado hoje. No escritório da Casan, em Mafra, ninguém atendeu ao telefone, ontem à tarde. No Corpo de Bombeiros, soldados disseram estar monitorando o rio, mas ainda não havia indícios de poluição.
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A Notícia, 16/07/2007)