A primeira usina de produção de biodiesel sem sobra de resíduos foi fabricada na empresa Fast, de Capinzal, no Meio-Oeste. Composta pela junção de cerca de cem equipamentos, a usina foi montada dentro da fábrica da Fast, e teve seus primeiros testes em maio desse ano.
A usina pode produzir biodiesel a partir de óleos vegetais (canola, mamona, girassol, etc), gordura vegetal (gordura de frango, sebo bovino etc) ou as duas matérias-primas misturadas.
De acordo com o proprietário da empresa, Marius Juliano Farina, a grande diferença do sistema desenvolvido pela Fast é que, da forma convencional, a decantação é natural e a limpeza feita com água, com resíduos até o processo final. Trabalhando há dois anos no projeto da usina, a empresa agora procura possíveis compradores.
O foco de venda são as grandes cerealistas, cooperativas agrícolas e de transporte rodoviário e urbano e agroindústrias. Por enquanto nenhuma empresa comprou a usina, mas a empresa já encaminhou mais de dez projetos a indústrias nacionais.
Os custos para o projeto e a implantação de uma usina não foram revelados pela empresa. Entretanto, conforme o encarregado de desenvolvimento de negócios do biodiesel da empresa, Ubirajara Cabeda, o estudo de viabilidade econômica do projeto aponta que, em média, o retorno do investimento ocorre em um ano e meio. A capacidade de produção da usina varia entre 250 litros por hora e 15 mil litros por hora.
Os projetos são feitos conforme a necessidade de cada cliente. Há aproximadamente 30 dias a Petrobras mandou óleo de mamona - um dos mais difíceis para a produção de biodiesel - para a empresa fazer testes. Outro ponto positivo da usina é o fato de, por obedecer as normas do Protocolo de Kyoto, ter potencial para a venda de crédito de carbono.
(Diário Catarinense, 15/07/2007)