Entre janeiro de 2006 e junho deste ano, a Polícia Militar Ambiental apreendeu em todo o Estado 116 mamíferos, 201 aves e 46 répteis abatidos por caçadores. No total, foram apreendidos, 363 animais neste período.
A maior parte dos animais foi doada para estudos em universidades catarinenses.
Uma parte pequena, apropriada ao consumo, foi doada para instituições de caridade.
A Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina (Unesc), em Criciúma, é uma das que "aproveita" bichos recolhidos pelos policiais militares ambientais.
Os animais são levados à unidade de zoologia da universidade, empalhados e passam a integrar uma espécie de museu, que serve para aulas de educação ambiental às crianças que visitam a instituição.
No ano passado, para se ter uma noção da procura, 10 mil alunos de escolas de ensinos fundamental e médio da cidade e arredores estiveram no local.
- Os alunos aprendem os hábitos dos bichos, o que eles comem e onde vivem - afirma o biólogo Rodrigo Ribeiro Freitas.
Nem todos os bichos podem passar pela taxidermia, como se chama a arte de empalhá-los.
A pelagem precisa estar intacta e a morte deve ser recente.
Entre os bichos à mostra estão uma jaguatirica e quatro quatis, todos abatidos em caça e apreendidos pelos policiais.
Os animais vivos apreendidos com caçadores ou em cativeiro em Santa Catarina são colocados em liberdade depois de tratados.
O Centro de Triagem de Animal Silvestre, no Bairro Rio Vermelho, no Norte da Ilha, em Florianópolis, é um dos pontos onde esses animais são tratados.
Aves apreendidas foram postas em liberdade
Na semana passada, depois de passarem por uma espécie de tratamento, 200 aves apreendidas foram soltas. É o caso mais recente de bicho recapturado posto em liberdade.
Nos primeiros seis meses deste ano, para se ter idéia, 1.485 aves apreendidas no Estado foram tratadas e postas em liberdade.
O Centro é mantido pela Polícia Militar Ambiental e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Pelo menos 50 animais estão em tratamento no local, entre eles tamanduás, quatis, araras e macaco bugio.
O Parque Zoobotâncico de Brusque, no Vale do Itajaí, também é destino de animais apreendidos no Estado.
(Diário Catarinense, 15/07/2007)