Garantir água tratada e saneamento para as aldeias indígenas. Esse é um dos objetivos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Fundação Nacional da Saúde (Funasa). O PAC da Funasa tem como meta chegar a 2009 com cerca de 60% da população indígena provida de rede de esgoto e 90% com água.
No Brasil, vivem 460 mil índios, dos quais 62 % contam com água potável e encanada e 30%, com esgoto, segundo a Funasa. De acordo com o presidente do órgão, Danilo Fortes, esse quadro apresenta vulnerabilidades. "Cerca de 60% das crianças indígenas morrem por contaminação de veiculação hídrica", comenta, em entrevista à Agência Brasil.
Em entrevista à TV Nacional, nesta semana, Fortes informou que uma das idéias do programa, lançado na última semana, é ajudar a reduzir a contágio de doenças transmitidas por meio das águas nas áreas indígenas. “São povos mais expostos a doenças também como diarréia", afirmou.
A Amazônia, que concentra a maior parte da população indígena brasileira, vai ser priorizada. Das 1.377 mil aldeias com atendimento previsto, 756 (mais de metade) se localizam nela. As terras da região devem receber R$ 93,5 milhões. Ao todo, para a população indígena o investimento soma R$ 220 milhões, que devem ser liberados em quatro anos.
Por meio da assessoria de imprensa, a Funasa informou que recebe os projetos dos municípios e entidades vinculadas, mas ainda não definiu a data de implementação do programa.
O PAC da Funasa faz parte do Programa de aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo governo federal em janeiro.
(Por Elaine Borges, Daniel Costa e Isabela Vieira, Agência Brasil, 14/07/2007)