Um estudo encomendado pela Agência de Meio Ambiente da Inglaterra e País de Gales concluiu que Londres está afundando de 1 mm a 2 mm por ano.
Os pesquisadores, parte de uma equipe multidisciplinar, estão usando avaliações das marés, GPS, gravidade e medidas por satélite para monitorar como a região do rio Tâmisa está se movimentando ao longo do tempo.
O fenômeno tem sido agravado pela elevação das marés, que sobem cerca de um milímetro por ano. O efeito das duas variações combinadas significa uma alta real de dois a três milímetros por ano do nível das águas em relação à terra na capital britânica.
A informação é de extrema importância para o planejamento dos sistemas de defesa do rio Tâmisa contra as variações no nível das marés.
São 300 quilômetros de represas, muros, comportas e barreiras que devem ser adaptados para que as margens do rio sejam mais bem aproveitadas.
Investimentos futuros
As áreas servem de residência para 1,3 milhão de pessoas e têm propriedades avaliadas em mais de 80 bilhões de libras, o equivalente a mais de R$ 300 bilhões.
Com as Olimpíadas de 2012 se aproximando, os novos empreendimentos à beira do rio têm que ser alocados, planejados e construídos de forma a evitar o risco de inundações, que cresce cada vez mais.
Os engenheiros poderão saber agora que melhorias devem ser priorizadas e em que prazos.
"O monitoramento do estuário nos dará uma ótima idéia das possíveis trajetórias em termos de risco", diz Owen Tarrant, da Agência de Meio Ambiente.
"A maneira como este risco se desenvolve ao longo do século vai afetar não só o momento em que as mudanças serão implementadas, mas também a escolha das opções", explicou Tarrant à BBC.
(BBC Brasil / Folha Online, 13/07/2007)