A comemoração dos 20 anos da Associação de Preservação do Meio Ambiente do Alto Vale do Itajaí – Apremavi – reuniu cerca de 150 pessoas, entre elas ambientalistas de várias partes do País, representantes de instituições, além de muitos associados da entidade. A cerimônia lotou o auditório do Hotel Aliança Express, na sexta-feira (13/07), em Rio do Sul, Santa Catarina
“Parabéns a Apremavi pelo que fez e pelo que fará”, disse Paulo Nogueira Neto, um dos homenageados da festa. O primeiro secretário de Meio Ambiente do País, hoje com 85 anos, prestigiou o evento e contou um pouco dos primeiros passos da gestão ambiental no Brasil. “A secretaria, a Sema, começou com três salas e cinco funcionários para cuidar de todo país”.
Durante a cerimônia foi entregue o prêmio Imbuia a 20 pessoas e instituições que se destacaram em ações de preservação do meio ambiente, tanto na comunidade do Vale Alto Itajaí como no País. Wigold Schäffer, um dos fundadores da Apremavi e hoje coordenador do Núcleo de Mata Atlântica e Pampa da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, citou entre os grandes avanços na área ambiental desse período a aprovação da Lei de Crimes Ambientais e a Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Wigold afirmou que uma das metas do governo Lula é criar mais 30 milhões de hectares de Unidades de Conservação em três anos e meio. O coordenador do Napma, que representou a Ministra Marina Silva, também foi um dos agraciados com o prêmio Imbuia. Ele está afastado das atividades da entidade há oito anos.
Já a coordenadora institucional de projetos da Apremavi, Miriam Prochnow, apresentou o programa Clima Legal, que visa o plantio de árvores nativas para restauração de ambientes degradados e captura de carbono a fim de amenizar os efeitos do aquecimento global. “Tivemos a preocupação de montar um programa que fosse acessível para todos, tanto a pessoas da comunidade quanto empresas e instituições”, apontou. Miriam lembrou que a própria associação já sentiu na pele as conseqüências das mudanças climáticas. “Em dezembro de 2004, um pequeno furacão, o Pré-Catarina, atingiu o nosso viveiro e três propriedades vizinhas”, recordou.
Durante o seu discurso no lançamento do livro “No jardim das Florestas”, o engenheiro florestal Leandro da Rosa Casanova lembrou um pouco da história do viveiro. Ele recordou que chegou a ouvir de um agricultor: “mudas de sassafrás? Nem sabia que essa árvore produzia semente!” A publicação que traz diversas informações sobre os cuidados durante o plantio o e crescimento das mudas, traz um guia de 80 espécies nativas da Mata Atlântica.
Depois da cerimônia, os convidados participaram de um coquetel regado a vinho tinto, enquanto lá fora chovia e fazia muito frio. No hotel, o clima estava quente, pois pioneiros, ambientalistas e membros da comunidade recordavam as diversas lutas e momentos pitorescos da trajetória da entidade, que hoje é considerada uma das mais importantes do país.
(Por Silvia Marcuzzo, Apremavi, 14/07/2007)